
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,6% no trimestre encerrado em abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado indica estabilidade em relação ao trimestre anterior, encerrado em janeiro, quando a taxa foi de 6,5%, mas revela sinais consistentes de fortalecimento do emprego formal no país.
O principal destaque da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) foi o número recorde de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que atingiu 39,6 milhões de pessoas, uma alta de 0,8% em relação ao trimestre anterior e de 3,8% na comparação anual.
O que está por trás da estabilidade no desemprego?
Embora a taxa geral de desocupação tenha se mantido estável, o mercado de trabalho brasileiro mostra movimentos positivos na formalização do emprego.
A criação de vagas formais vem sendo impulsionada por fatores como:
- Estabilidade econômica relativa no início de 2025, com inflação mais controlada e consumo moderadamente aquecido;
- Reação de setores como serviços e comércio, tradicionais geradores de empregos com carteira assinada;
- Efeitos de programas de incentivo ao primeiro emprego e à regularização de trabalhadores informais.
“O crescimento do emprego com carteira assinada demonstra uma recuperação sólida do mercado de trabalho formal, mesmo que a taxa de desemprego geral ainda esteja longe dos menores patamares históricos”, avalia o IBGE.
Número absoluto de desocupados ainda é alto
Mesmo com a melhora no emprego formal, o Brasil ainda possui 7,3 milhões de pessoas sem trabalho, número praticamente estável frente ao trimestre anterior (7,2 milhões), mas que representa uma queda significativa de 11,5% em relação ao mesmo período de 2024, quando 8,2 milhões estavam desocupados.
A redução do desemprego em termos anuais mostra que o mercado de trabalho está em trajetória positiva, embora em ritmo gradual e com concentração da melhora no setor formal.