Por Itali Collini, economista, Investidora Anjo e diretora da Potencia Ventures.
O mundo continua enfrentando a crise pós covid e, de acordo com levantamento do Fórum Econômico Mundial, 63% dos economistas chefes esperam uma recessão global em 2023, puxada principalmente pela Europa, Estados Unidos e América Latina.
O Banco Mundial previu um crescimento médio do PIB de 1,7 %, o ritmo mais lento fora das recessões de 2009 e 2020 desde 1993.
No geral, as tendências macroeconômicas podem ter um impacto significativo no investimento de capital de risco, influenciando tanto o nível de atividade quanto os tipos de startups que recebem financiamento.
Notícias Relacionadas
Economia brasileira
Perspectiva assombrosa para 2025 no Brasil fez gestora só investir nos EUA
A gestora Kinea, que administra R$ 132 bilhões, divulgou suas projeções para 2025, usando a metáfora das quatro estações de Vivaldi. A gestora aposta no crescimento da bolsa americana, impulsionada pelo governo Trump, enquanto prevê dificuldades para Brasil, China e Europa.
Criptomoedas em 2025
Bitcoin a US$ 200 mil em 2025, aponta corretora
O Mercado Bitcoin divulgou um relatório prevendo que o Bitcoin atingirá US$ 200 mil em 2025, com base no aumento da adoção institucional, em um cenário macroeconômico internacional mais positivo.
Pirâmide Financeira
Pirâmide financeira Beefund ressurge com novos nomes
A pirâmide financeira Beefund, que lesou milhares de brasileiros em 2024, reaparece com os nomes "Bybits" e "Binex Fund", utilizando imagens de corretoras de criptomoedas para atrair novas vítimas.
Mercado Agora
Dólar recua e Ibovespa sobe após declarações de Lula sobre controle fiscal
Ações do mercado financeiro e varejo impulsionam alta do ibovespa
Quando a economia está crescendo e há ampla liquidez no mercado, a atividade de capital de risco tende a aumentar. Isso ocorre porque os investidores estão mais dispostos a assumir riscos e investir em startups de alto potencial e alto crescimento em setores mais relacionados ao consumo, como bens de consumo.
Por outro lado, durante uma recessão, a atividade de capital de risco tende a diminuir, pois os investidores se tornam mais avessos ao risco e procuram investimentos mais seguros e com característica anticíclica, como saúde e educação.
Esses setores mais essenciais são também foco de atenção para os investidores de impacto social, pois concentram hiatos de desigualdade que tendem a aumentar, como foi o caso da educação básica no Brasil durante a pandemia.
Enxergo esse momento atual de recessão como uma oportunidade incrível para olhar o investimento de impacto como alavanca de três coisas: retorno ao investidor, crescimento econômico e progresso social.
