Trabalho vivo

O mapa do emprego virou e um número vai surpreender você

PNAD Contínua mostra recuo do desemprego em 18 estados e estabilidade nos demais, enquanto a taxa nacional cai a 5,8%, a mínima da série.

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  • Desemprego recua em dezoito estados e a taxa nacional cai a 5,8%
  • Pernambuco Bahia e Distrito Federal mantêm os maiores níveis e pedem atenção
  • Mais ocupação favorece renda e consumo mesmo com juros altos no horizonte

O desemprego recuou em 18 das 27 unidades da Federação no segundo trimestre de 2025, e ficou estável nas outras nove. Segundo o IBGE, Pernambuco lidera as maiores taxas com 10,4%, seguido por Bahia com 9,1% e Distrito Federal com 8,7%.

No mesmo período, a taxa de desocupação do país caiu para 5,8%. Assim, o indicador atingiu a menor marca desde o início da série histórica em 2012.

Como ficou o país

De modo geral, o mercado de trabalho abriu espaço e absorveu mais gente. Além disso, a queda disseminada entre estados sugere ganho de fôlego espalhado.

Portanto, a leitura nacional em 5,8% consolida a tendência vista desde o início do ano. Ainda assim, a base de comparação com o primeiro trimestre ajuda o movimento.

Por fim, a fotografia é de um mercado apertado, com procura menor por vagas e contratação contínua. Desse modo, a taxa tocou novo piso histórico.

Quem melhorou e quem preocupa

Em vários estados, a taxa caiu ao mesmo tempo em que a ocupação avançou. Assim, a melhora não dependeu só da saída de pessoas da força de trabalho.

Entretanto, alguns focos seguem acima da média. Pernambuco, Bahia e Distrito Federal continuam no topo do ranking e exigem atenção.

Ainda que o quadro melhore, a heterogeneidade regional permanece. Portanto, políticas locais e ritmo setorial explicam parte dessas diferenças.

Por que isso importa para renda e consumo

Com mais gente empregada, a renda tende a ganhar tração. Além disso, o consumo doméstico encontra apoio adicional e sustenta a atividade.

Contudo, a desaceleração global e os juros elevados seguem no radar. Assim, o ímpeto pode perder força caso o crédito fique mais caro.

Mesmo assim, a base sólida do emprego ajuda a reduzir a insegurança. Portanto, a economia entra no segundo semestre com colchão relevante.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.