O melhor? Banco do Brasil é "queridinho" dos analistas

O Banco do Brasil (BBAS3) conquistou uma posição de destaque entre analistas e investidores, rivalizando com grandes nomes como Itaú (ITUB4) e superando Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) em termos de resultados. Essa preferência se fortalece mesmo diante de uma projeção de desaceleração dos lucros no quarto trimestre de 2024. A última vez que o BB registrou queda em seu lucro foi em 2020, durante o auge da pandemia da Covid-19. Segundo estimativas da XP Investimentos, a instituição deve lucrar R$ 8,8 bilhões no quarto trimestre, representando uma redução de 2%.

Apesar desta previsão de queda, a XP Investimentos mantém uma visão otimista sobre o Banco do Brasil. A corretora não vê neste recuo um sinal de alerta, mas sim uma etapa dentro de um contexto maior de crescimento e solidez. Os analistas da XP destacam que o banco terá um trimestre de crescimento robusto em sua carteira de crédito, esperando um desempenho em linha com o ponto médio do seu guidance, entre 8% e 12%. Esse crescimento deve ser impulsionado principalmente pelo crédito rural, um segmento de grande relevância para o BB.

Um aspecto importante a ser considerado é a performance da margem líquida de juros (NII) do banco. A XP Investimentos prevê que o NII do Banco do Brasil salte 11% em relação ao ano anterior, mantendo-se praticamente estável em relação ao trimestre anterior. Isso se deve, em parte, a receitas de tesouraria mais fracas. No entanto, a corretora ressalta que a inadimplência deve apresentar um ligeiro aumento, passando para 2,9% – um incremento de 10 pontos-base. Mesmo com esse aumento, a inadimplência do BB continua sendo a mais baixa entre seus pares, refletindo o perfil defensivo de sua carteira de crédito.

Diante desse cenário, a recomendação da XP Investimentos para as ações do Banco do Brasil é de compra, com um preço-alvo de R$ 61. Essa avaliação positiva se baseia não apenas nos resultados sólidos e na gestão eficiente, mas também no potencial de crescimento que o banco demonstra em áreas chave como o crédito rural.

A posição do Banco do Brasil como um dos “queridinhos” entre analistas e investidores é um reflexo da confiança no modelo de negócios e na gestão da instituição. Apesar da leve retração projetada para o lucro do quarto trimestre, o BB mostra sinais de resiliência e capacidade de adaptação em um ambiente econômico que continua desafiador. Além disso, a expectativa de um crescimento robusto na carteira de crédito e a manutenção de uma inadimplência baixa são indicativos de que o banco está no caminho certo para manter sua posição de destaque no setor financeiro brasileiro.