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O que acontece com uma nova bolsa de valores no Brasil?

A Mubadala Capital pode estar organizando a abertura de uma nova bolsa por aqui prevista para o segundo semestre de 2025.

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Nos últimos dias, um assunto que ganhou muita evidência é a possibilidade de a B3 ganhar uma concorrente no Brasil com a notícia de que a Mubadala Capital está organizando a abertura de uma nova bolsa por aqui prevista para o segundo semestre de 2025. Espera-se que a sede seja no Rio de Janeiro e que a bolsa permita operações nos mais diversos mercados como ações, derivativos e câmbio. O grupo planeja ainda usar a Americas Trading Group para concorrer com a B3.

Para Femisapien, pseudônimo da economista e sócia da Quantzed, empresa de tecnologia e educação financeira para investidores, um novo mercado daria mais oportunidade para se investir em ativos que não estão na B3, o que pode gerar mais interesse de investidores estrangeiros no Brasil. Por outro lado, segundo ela, pode se formar uma nova onda de IPOs de empresas que não estejam suficientemente maduras, como ocorreu há alguns anos atrás.

“A concorrência teoricamente levaria a B3 a prestar melhores serviços e praticar melhores preços, além da supracitada oportunidade para startups, que são em sua maioria, empresas de tecnologia, poderem listar ações no mercado. A concorrência sempre é boa, pois motiva a B3 a prestar melhores serviços“, explica.

Rodrigo Cohen, analista de investimentos e co-fundador da Escola de Investimentos, acredita que o monopólio da única Bolsa de Valores brasileira, a B3, apresenta-se como um obstáculo para o crescimento do mercado.

Eu acho que a entrada de uma nova bolsa já é esperada há muitos anos. Acredito que o monopólio da B3 sempre, na minha opinião, atrapalhou o crescimento do nosso mercado, porque, quando a gente tem monopólio, não existe competição“, avalia.

Ainda de acordo com Cohen, a introdução de uma segunda Bolsa de Valores no País pode potencialmente aumentar a visibilidade e a credibilidade do mercado. 

Como consequência para o país, eu acredito que pode trazer mais visibilidade, mais credibilidade com duas bolsas. Com o país crescendo, podemos ter novos IPOs, dependendo de como vai ser, pode ter uma febre de IPOs, se o governo ajudar. Eu acho que é uma notícia muito positiva e que dependendo dos serviços que a nova bolsa oferecer, vai ser ótimo”, comenta.