- A Oi (OIBR3) anunciou grupamento de suas ações ordinárias
- O capital social dividirá-se em 66 milhões de ações
- Os acionistas terão de 13 de maio a 14 de junho para ajustarem suas posições
Os acionistas da Oi (OIBR3), em processo de recuperação judicial, aprovaram o grupamento das ações ordinárias da empresa na proporção de 10 para 1. Após a operação, o capital social dividir-se-á em 66 milhões de ações. Sendo, dessa forma, 64,4 milhões ordinárias e 1,6 milhão preferenciais.
Na última sexta-feira, as ações OIBR3 fecharam a R$ 0,66 e as OIBR4 a R$ 1,82. Considerando o grupamento, os valores unitários seriam, contudo, R$ 6,60 e R$ 18,20, respectivamente.
Os acionistas terão de 13 de maio a 14 de junho para ajustarem suas posições. A partir de 17 de junho, primeiro pregão subsequente ao encerramento do Período para Livre Ajuste, os investidores negociarão as ações já considerando o grupamento. A maioria aprovou a proporção mencionada, com 22.032.071 votos favoráveis e 14.772.777 votos contrários. Assim, os papéis serão negociados exclusivamente agrupados de acordo com essa proporção.
Oi revela resultados do 1T24 e registra aumento no prejuízo
A Oi (OIBR3) registra prejuízo líquido de R$ 2,788 bilhões no primeiro trimestre de 2024 (1T24). Um aumento, portanto, de 120% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o prejuízo foi de R$ 1,267 bilhão.
De acordo com o novo balanço de resultados da empresa, o Ebitda da Oi no 1T24 foi negativo em R$ 204 milhões. Revertendo, assim, o resultado positivo de R$ 216 milhões registrado um ano antes.
O balanço da Oi destaca que a forte queda no faturamento proveniente de serviços não essenciais é a principal razão para o desempenho negativo do Ebitda relacionado às operações brasileiras no 1T24, que registrou um resultado negativo de R$ 201 milhões.
Essa situação se destaca principalmente na dinâmica dos serviços baseados na tecnologia de cobre, contudo, devido às restrições regulatórias que impactam diretamente a rentabilidade.
A operadora observa que esse cenário também ocorre devido à “estabilização do crescimento da fibra ao longo de 2023, impactado pelo cenário macro e competitivo, além da evolução anual nos custos com infraestrutura de fibra”, conforme relatado pela empresa. Quanto à margem Ebitda da Oi no 1T24, houve, no entanto, uma queda anual de 18 pontos percentuais (p.p.). Chegando a 10,9% ao final do primeiro trimestre deste ano.
Demais resultados
No balanço trimestral da Oi, destaca-se a receita líquida de R$ 2,2 bilhões gerada pela Nova Oi no 1T24. Esta, representando uma queda de 4,2% em relação ao trimestre anterior e de 12,9% em comparação com o 1T23.
Tal diminuição é atribuída principalmente à queda dos serviços não essenciais, como os relacionados ao cobre no segmento varejo, atacado regulado, TV DTH e subsidiárias, além dos serviços tradicionais de telecom da Oi Soluções.
No primeiro trimestre de 2024, o resultado financeiro líquido da Oi foi negativo em R$ 2,4 bilhões, representando um aumento em comparação com o 4T23 e o 1T23.
A Oi explica que esse aumento se deve à dinâmica da variação cambial, considerando a queda do real em relação ao dólar no 1T24 em 3,20%. Além disso, a captação das tranches do financiamento DIP entre o 2T23 e o 1T24 influenciou. Resultando em maiores despesas com juros de empréstimos e financiamentos.