O frio extremo nos EUA força mineradores de Bitcoin a desligar equipamentos, reduzindo o hashrate e preocupando a indústria.
Uma onda de frio excepcional nos Estados Unidos teve um impacto significativo na indústria de criptomoedas, levando à queda acentuada do hashrate do Bitcoin. O frio intenso, com temperaturas de até -36°C, obrigou mineradores de Bitcoin no Texas e Arkansas a desligar suas operações para garantir o fornecimento de energia às áreas residenciais.
De acordo com dados da Braiins, o hashrate do Bitcoin experimentou uma redução de 25%, caindo de 570 EH/s no domingo para 420 EH/s na quarta-feira. Essa diminuição é equivalente a uma redução de mais de 4 gigawatts de capacidade de energia na rede global do Bitcoin.
Frio extremo nos EUA abala setor de mineração de Bitcoin
Uma onda de frio extremo nos Estados Unidos está tendo um impacto significativo na indústria de criptomoedas, especialmente no mercado de mineração de Bitcoin. As baixas temperaturas, que chegaram a atingir -36°C, forçaram os mineradores de Bitcoin nas regiões do Texas e Arkansas a desligar seus equipamentos de mineração para garantir um fornecimento de energia mais eficiente às áreas residenciais.
Conforme os dados fornecidos pela Braiins, o hashrate do Bitcoin, que representa a capacidade de processamento da rede, sofreu uma queda de 25%. Isso significa que o poder computacional total da rede Bitcoin caiu de 570 EH/s no último domingo para 420 EH/s em tempo real nesta quarta-feira.
Pools de mineração importantes, como o Foundry USA Pool e o AntPool, também experimentaram reduções substanciais em seus hashrates. O Foundry USA Pool viu uma diminuição de 75 EH/s, enquanto o AntPool enfrentou uma redução de 30% em seu hashrate, contribuindo para uma queda total de 70% no hashrate combinado desses dois pools.
Apesar dessas mudanças no hashrate, a rede do Bitcoin não enfrentou problemas significativos, como bloqueios ou atrasos nas transações. No entanto, a maior preocupação está relacionada aos mineiros que tiveram que desligar seus equipamentos devido ao frio extremo, enfrentando prejuízos econômicos.
A ERCOT, a rede elétrica do Texas, emitiu alertas para economizar energia desde o domingo, mas garantiu que possui capacidade suficiente para atender à demanda à medida que as temperaturas se normalizem. Enquanto a rede Bitcoin permanece operacional, a indústria de mineração enfrenta um desafio inesperado devido às condições climáticas adversas nos Estados Unido.
Hacker Ucraniano Lucra com Cryptojacking e Enfrenta Prisão
Falando em mineração, a polícia nacional da Ucrânia anunciou a prisão de um hacker de 29 anos envolvido em um sofisticado esquema de “cryptojacking” que causou prejuízos significativos a empresas e organizações em todo o mundo. O criminoso, cujo nome não foi divulgado, conseguiu sequestrar mais de um milhão de servidores virtuais para minerar criptomoedas de forma não autorizada, acumulando um lucro estimado de mais de US$2 milhões, aproximadamente 9.8 milhões de reais.
O esquema começou a se desenrolar em 2021, quando o hacker usou técnicas de força bruta para acessar 1.500 contas de clientes de uma empresa de computação em nuvem sediada nos Estados Unidos. Uma vez dentro dos servidores dessa empresa, ele implantou um malware projetado para minerar criptomoedas, aproveitando os recursos computacionais das vítimas para aumentar sua própria carteira virtual.
A operação ganhou notoriedade quando a empresa afetada, que optou por não ser nomeada, procurou a Europol no início de 2023, relatando as violações em massa de contas. A Europol compartilhou as informações com a polícia ucraniana, que iniciou uma investigação abrangente.
Uma busca na residência do hacker resultou na apreensão de evidências de atividades cibernéticas ilegais, incluindo dispositivos eletrônicos, cartões SIM de celular, cartões bancários e outros meios de armazenamento.
O hacker agora enfrenta acusações legais relacionadas ao cryptojacking, e as autoridades continuam investigando possíveis cúmplices e ligações com grupos cibernéticos russos.
A Europol emitiu um alerta para os usuários de plataformas em nuvem sobre os riscos de ataques de cryptojacking e recomendou medidas de segurança aprimoradas, como autenticação de dois fatores (2FA), monitoramento de atividades e atualizações regulares para proteger ambientes em nuvem contra acessos não autorizados. Sem essas precauções, empresas e indivíduos podem enfrentar contas exorbitantes de computação em nuvem, superando os lucros obtidos pelos hackers.