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Oriente Médio: Israel bloqueia contas na Binance por suspeita de elo com Hamas

imagem padrao gdi
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Na luta contra o financiamento do terrorismo, Israel bloqueou mais de 100 contas na plataforma de criptomoedas Binance. Essa ação foi em virtude de suspeitas de que essas contas mantinham vínculos com o grupo terrorista Hamas, que atua na região.

Os bloqueios começaram no dia 7 de outubro, no início do ataque militar. As autoridades israelenses agiram rapidamente para conter o fluxo de fundos para o Hamas, uma organização classificada como terrorista por vários países, incluindo Israel, Estados Unidos e União Europeia.

Posteriormente, a Binance, cooperou com a identificação e bloqueio dessas contas suspeitas. A exchange está trabalhando para rastrear todas as transações e identificar os clientes que tiveram contato com endereços de carteira de criptomoedas divulgados pelo Hamas.

Além disso, a emissora da stablecoin Tether (USDT), também congelou as movimentações que continham mais de US$ 800 mil e que estavam ligadas ao terrorismo. A Tether foi apontada como a moeda para o financiamento do terrorismo, mas a empresa se esclareceu e está colaborando com a Agência Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo de Israel.

Luta contra o financiamento do terrorismo

Essas ações refletem o compromisso de Israel e de outros países na luta contra o financiamento do terrorismo por meio de criptomoedas. A natureza e pseudônima das criptomoedas apresenta desafios únicos para as autoridades que buscam rastrear e impedir o fluxo de fundos para organizações terroristas.

A conexão entre criptomoedas e terrorismo tem sido uma preocupação internacional. O uso de ativos digitais oferece uma maneira de contornar os controles financeiros e possibilita que organizações terroristas obtenham financiamento de forma mais discreta.

Por outro lado, o Hamas utilizou as criptomoedas como uma forma de arrecadar fundos para suas atividades. A colaboração com empresas como a Binance e a Tether são tentativas de interromper as chances de Hamas prosseguir.

O bloqueio das contas na Binance e a suspensão das movimentações pela Tether demonstram a importância da cooperação entre as autoridades governamentais e as empresas de criptomoedas na prevenção do uso indevido dessas tecnologias para fins ilícitos. A regulamentação e o monitoramento rigorosos das criptomoedas continuam sendo áreas de foco para combater o terrorismo e a lavagem de dinheiro em escala global.

Portanto, a ação levanta questões sobre o equilíbrio entre a segurança e a privacidade das criptomoedas, já que a identificação de indivíduos envolvidos em transações pode ser controversa. É fundamental encontrar abordagens que garantam a segurança pública sem comprometer as liberdades individuais e a privacidade financeira.

Lula e Maduro conversam sobre eleições na Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta segunda-feira (16), por telefone, com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. A conversa durou cerca de 30 minutos. Em nota, o Palácio do Planalto informou que ambos trocaram informações sobre as eleições presidenciais na Venezuela, previstas para o ano que vem.

“O presidente brasileiro solicitou informações sobre o processo de negociação entre o governo e a oposição, bem como as tratativas em curso entre Caracas e Washington com vistas ao levantamento das sanções contra a Venezuela, que atingem a economia e a população civil do país”, diz a manifestação do Planalto.

Lula e Maduro também discutiram medidas para facilitar o comércio na fronteira entre os dois países. O presidente venezuelano indicou que encaminhará nos próximos dias uma sugestão para o tratamento das cargas brasileiras retidas na fronteira, entre os países, que fica no estado de Roraima.

Dessa forma, os dois presidentes ainda falaram em formas de acelerar a negociação de um Acordo de Cooperação e Facilitação de Investimentos e discutiram a retomada da exportação de energia elétrica da Venezuela para o Brasil. A energia oriunda do país vizinho abastecia sobretudo Roraima, único estado brasileiro que não está conectado diretamente ao Sistema Interligado Nacional.