
O Paquistão anunciou oficialmente a criação de sua primeira reserva estratégica de Bitcoin (BTC), tornando-se um dos primeiros países da Ásia Meridional a incorporar a criptomoeda em sua política econômica.
Segundo o governo, os Bitcoins serão mantidos “para sempre”, como uma reserva de valor comparável ao ouro.
O anúncio foi feito por Bilal Bin Saqib, Ministro de Cripto e Blockchain do Paquistão, durante a conferência Bitcoin 2025, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos.
Diante de um auditório lotado com líderes da indústria cripto, investidores institucionais e entusiastas, o representante paquistanês não poupou entusiasmo:
“Hoje é um dia histórico. O governo do Paquistão está estabelecendo sua própria reserva estratégica de Bitcoin. Seremos guardiões desta tecnologia — e nunca venderemos esses ativos”, declarou.
Além do Paquistão, o Butão é outro país asiático que já possui Bitcoin como parte de suas reservas nacionais.
Desde 2019, o país vem minerando Bitcoin utilizando seus abundantes recursos hidrelétricos. Atualmente, o país detém aproximadamente 13.000 BTC, avaliados em cerca de US$ 750 milhões, o que representa uma parcela significativa do seu Produto Interno Bruto (PIB).
De energia desperdiçada a receita bilionária com mineração de Bitcoin
O anúncio veio acompanhado de outra medida ousada: a alocação de 2.000 megawatts (MW) de eletricidade excedente para impulsionar a mineração de criptomoedas e centros de dados de inteligência artificial.
Essa energia, antes considerada um gargalo por falta de demanda, será reaproveitada para transformar o Paquistão em um novo polo digital no Sul da Ásia.
O Conselho de Cripto do Paquistão, liderado pelo próprio Saqib, estima que a iniciativa possa gerar até US$ 1 bilhão por ano em receitas com mineração, além de criar mais de 50 mil empregos diretos e indiretos nos próximos cinco anos.
“Inspiramo-nos nos Estados Unidos, mas queremos seguir nosso próprio caminho, com soberania digital e visão de longo prazo”, disse o CEO do Conselho.