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Para ninguém botar defeito? Banco do Brasil (BBAS3) registra lucro de R$ 8,8 Bilhões no 2T23 e revisa projeções

resultados 2t23 7
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Resultados Superam Expectativas com Aumento no Lucro Líquido

O Banco do Brasil (BBAS3) divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2023 (2T23), reportando um lucro líquido ajustado de R$ 8,8 bilhões, um aumento de 11,7% em relação ao mesmo período de 2022. O resultado superou as expectativas, uma vez que o consenso Refinitiv previa um lucro líquido de R$ 8,592 bilhões no 2T23. Além disso, em comparação com os três primeiros meses deste ano, o resultado foi 2,8% superior.

Retorno sobre Patrimônio Líquido (ROE) e Margem Financeira

O retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do banco fechou o segundo trimestre em 21,3%, representando um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre. No mesmo período do ano anterior, o ROE estava em 20,8%. A margem financeira líquida do banco atingiu R$ 15,711 bilhões, registrando um crescimento anual de 11,3%. A margem financeira com clientes ficou em R$ 20,049 bilhões e a margem com mercado foi de R$ 2,838 bilhões.

Receitas com Prestação de Serviço e Carteira de Crédito

As receitas com prestação de serviço totalizaram R$ 8,286 bilhões, com um aumento de 5,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A carteira de crédito ampliada do Banco do Brasil atingiu R$ 1,045 bilhão, apresentando um crescimento de 1,2% em relação ao primeiro trimestre e de 13,6% na comparação com um ano antes. A carteira ampliada pessoa física registrou um crescimento de 0,6% em relação a março de 2023 e um aumento de 10% em 12 meses, atingindo R$ 302,1 bilhões. A carteira ampliada pessoa jurídica teve um crescimento de 2,5% no trimestre e de 10,4% em bases anuais, alcançando R$ 371,9 bilhões. Destaque para a carteira de micro, pequenas e médias empresas, que apresentou um crescimento de 1,4% no trimestre e de 21,8% em 12 meses.

Provisionamento Adicional para Americanas e Perspectivas Futuras

O Banco do Brasil provisionou R$ 7,176 bilhões no 2T23, representando um aumento de 143% em relação ao ano anterior e um aumento de 22,6% em relação ao primeiro trimestre. O crescimento no provisionamento foi devido ao agravamento em linhas de créditos não consignados na carteira pessoa física e da piora de riscos na carteira pessoa jurídica. A elevação de risco de crédito da Americanas (AMER3) resultou em um provisionamento adicional para esse caso e um impacto negativo de R$ 338 milhões.

Revisão de Projeções e Distribuição de Dividendos

O Banco do Brasil revisou suas previsões para o restante de 2023, elevando as previsões de crescimento da carteira de crédito, margem financeira bruta e provisões. A instituição espera provisionar entre R$ 23 bilhões e R$ 27 bilhões em 2023. As projeções para a receita com prestação de serviços foram revisadas para baixo, prevendo um aumento entre 4% e 8%.

Além disso, o Banco do Brasil anunciou a distribuição de mais de R$ 410 milhões em dividendos e cerca de R$ 1,9 bilhão em juros sobre capital próprio (JCP). O pagamento será feito no dia 30 de agosto, com base na posição acionária do próximo dia 21. As ações serão negociadas a “ex” a partir do dia 22.

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