A fintech brasileira Neon captou, em uma rodada de investimento, R$1,6 bilhão, fazendo frente a concorrência. Especializada em abertura e movimentação de contas-correntes digitais, emissão de cartões de débito, crédito e pré-pago, é a primeira fintech brasileira a receber investimento da PayPal.
O anúncio foi feito pela própria fintech e o investimento foi liderado pela General Atlantic, além da Vulcan Capital, Endeavor Catalyst e da PayPal Ventures. Além destes players, a Monashees e Flourish Ventures – investidores de rodadas anteriores – e o espanhol Banco BBVA. O valor foi pago em dólar, correspondendo $300 milhões.
Desde sua fundação em 2016, por Pedro Conrade, esse é sua quinta captação. Os novos recursos à disposição da fintech serão pagas em dois momentos: metade agora e o restante ao longo dos próximos meses.
Crescimento exponencial
O número de clientes do banco triplicou do ano passado pra cá, somando 9,5 milhões. Ainda a baixo dos 26 milhões alcançados pelo Nubank mas superior aos 6 milhões do Banco Inter (BIDI4). Ademais, esse número tente a aumentar muito ainda. Após a compra do MEI Fácil, irá lançar soluções financeiras focadas dos microempreendedores individuais, aumento sua lista de clientes e também sua monetização.
Embora a receita atual do banco seja boa, segundo o head de M&A e fundrising do Neon, Rafael Matos, a receita por cliente ainda tem muito a evoluir ao longo dos próximos anos. Contudo, o EBITDA ainda é negativo, mas segundo Conrade, eles não estão preocupados com geração de caixa nem no curto nem no médio prazo. Vale destacar que no ano passado – sem considerar a operação de crédito, que fica com o Votorantim – o Neon obteve uma receita de R$24 milhões.
Por fim, Conrade destacou o nascimento frenético de novos bancos digitais e também o rápido declínios dos mesmos. Para ele, apenas alguns dos muitos conseguirão fôlego suficiente para “brigar” com os grandes.