Análise de impactos

Petrobras aguenta preços mais baixos do petróleo, diz Chambriard

Presidente da estatal destaca que a Petrobras tem capacidade para enfrentar preços mais baixos e analisa impacto das políticas americanas.

Magda Chambriard - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
Magda Chambriard - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
  • A empresa pode lidar com preços do petróleo mais baixos, com projeção de até US$ 65 por barril
  • Mesmo com desaceleração econômica, a demanda chinesa por petróleo deve continuar forte
  • A dinâmica de fornecimento não será substancialmente alterada pelas políticas americanas

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou em entrevista à Bloomberg que a estatal está preparada para enfrentar preços de petróleo estruturalmente mais baixos, caso os Estados Unidos aumentem sua produção, como prometido pelo presidente Donald Trump.

Magda destacou que, apesar das expectativas de queda nos preços do barril, o plano estratégico da Petrobras já incorpora essa possibilidade, com projeções que indicam que o preço pode cair até US$ 65 por barril.

A executiva também analisou o impacto das tarifas impostas pelos EUA e a desaceleração da economia da China. Contudo, apontando que a demanda do país asiático por petróleo continuará a crescer.

Petrobras pronta

Em sua entrevista, Magda Chambriard ressaltou que a Petrobras está estruturada para lidar com uma queda nos preços do petróleo. Especialmente, considerando que os Estados Unidos devem aumentar sua produção de petróleo sob a gestão de Donald Trump.

Com a promessa de Trump de ampliar a produção de energia nos EUA, a presidente da Petrobras afirmou que a empresa está pronta para manter sua saúde financeira. Dessa forma, mesmo em um cenário de preços mais baixos do petróleo no mercado global.

O plano estratégico da Petrobras assume que o preço do barril pode cair até US$ 65. E, a empresa está ajustando suas operações para enfrentar essa possibilidade.

A Petrobras tem como prioridade manter a sustentabilidade financeira, sem comprometer a execução de projetos importantes no Brasil. Ainda, como o aumento da produção nacional de petróleo e a modernização de suas instalações.

Impacto das tarifas americanas

Outro ponto discutido por Magda foi a demanda por petróleo da China. Apesar da desaceleração econômica no país devido às tarifas impostas pelos EUA, a presidente da Petrobras acredita que a demanda chinesa por petróleo continuará forte.

A China, uma das maiores importadoras de petróleo do mundo, continua a ser um motor crucial para o crescimento da demanda global.

A presidente da Petrobras afirmou que, apesar das tensões comerciais e tarifas sobre as importações chinesas, a demanda interna da China por energia, especialmente petróleo, deve continuar forte.

Embora a desaceleração econômica chinesa possa reduzir o ritmo de crescimento, a busca por fontes de energia para sustentar a indústria e a infraestrutura do país deve continuar.

Dinâmica de oferta

Magda também abordou a questão da oferta de petróleo, destacando que as políticas dos Estados Unidos não devem afetar de maneira substancial a dinâmica global de fornecimento da commodity.

Embora os EUA estejam ampliando sua produção, a executiva acredita que o mercado global continuará a ser impactado por outros fatores. Como por exemplo, a produção de petróleo de outros países e a estratégia de preços da Opep.

A política de aumento da produção de petróleo nos EUA pode influenciar a oferta no curto prazo, mas, para Magda, as perspectivas de fornecimento global não devem mudar drasticamente.

A Petrobras está focada em manter sua posição estratégica como uma das maiores produtoras de petróleo. Assim, ajustando suas operações conforme as variações no mercado.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ