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Petrobras anuncia R$ 13,57 bi em dividendos e JCP

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O valor é equivalente a R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação. 

Na quinta-feira (08), o conselho de administração da Petrobras aprovou o pagamento de dividendos intercalares e intermediários e juros sobre capital próprio (JCP) no valor de R$ 13,57 bilhões, equivalentes a R$ 1,05320017 por ação ordinária e preferencial em circulação. 

Segundo informações, a companhia explicou que, em uma visão acumulada do semestre, a aplicação da fórmula da política retorna um total de pagamento de proventos de R$ 27,0 bilhões, patamar superior ao resultado acumulado disponível do semestre (R$ 20,6 bilhões), em função dos itens exclusivos deste trimestre que tiveram impacto residual no caixa. Dessa maneira, verificou-se a necessidade de utilizar R$ 6,4 bilhões da reserva de remuneração do capital, resultando em um saldo remanescente de R$ 15,5 bilhões nesta reserva, afirmou a petroleira.

Para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da primeira parcela será realizado no dia 21 de novembro de 2024 e o da segunda parcela no dia 20 de dezembro de 2024. Os detentores de ADRs receberão os pagamentos a partir de 29 de novembro de 2024 e de 30 de dezembro de 2024, respectivamente.

Petrobras (PETR4) diz que não concluiu avaliação para potencial compra de Mataripe

Em resposta ao questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Petrobras (PETR4) informou que a due diligence da refinaria de Mataripe iniciada em março deste ano está em fase de conclusão. 

A estatal ainda ressaltou que ainda não há qualquer decisão sobre eventual aquisição de participação na refinaria.

Segundo informações, a estatal também informou que eventuais decisões de investimentos deverão passar pela análise de viabilidade técnica e econômica e estar em linha com seu Plano Estratégico 2024-2028+.

Sobre a compra da refinaria

A Petrobras (PETR3PETR4) está finalizando o due diligence para a possível recompra da refinaria de Mataripe, que havia vendido ao fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala. Por US$ 1,65 bilhão em 2021, de acordo com fontes consultadas pela Reuters.

O presidente Lula que se opôs à venda das refinarias e pressionou a Petrobras a acelerar investimentos no setor, está acompanhando de perto a situação. No entanto, as partes ainda não alcançaram um acordo sobre a estrutura e o preço da recompra. O que pode atrasar as negociações em andamento. Segundo algumas avaliações, venderam a refinaria, também conhecida como RLAM, por um valor abaixo do mercado.

A Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, no entanto, que a Petrobras pode ter vendido a refinaria com um desconto durante a pandemia de Covid-19. O Instituto de Estudos Estratégicos em Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep) estimou em 2021 que a refinaria tinha um valor entre US$ 3 bilhões e US$ 4 bilhões.

A discussão sobre a recompra surgiu no ano passado, quando a Mubadala Capital sugeriu um investimento em refino tradicional. Além disso, de uma parceria para o desenvolvimento de uma biorrefinaria na Bahia. A Petrobras não comentou imediatamente sobre o assunto. E os representantes da Mubadala Capital se abstiveram de fazer declarações.

Planejamento de compra de participação

Em uma recente entrevista, o presidente da Petrobras mencionou que está em conversações com representantes da refinaria de Mataripe.

De acordo com uma fonte próxima às negociações, a Petrobras planejava inicialmente adquirir uma participação de 80% na refinaria e fazer um investimento minoritário na unidade de biorrefino. No entanto, com a substituição de Jean Paul Prates pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio, não está claro se essa estrutura de acordo ainda será seguida.

Além disso, a Petrobras está considerando oferecer à Mubadala o mesmo valor pago pela refinaria em 2021. Ajustado por juros e reembolsos dos investimentos feitos pelo fundo para atualizar a planta, conforme duas fontes próximas às discussões.

Atualmente, a Petrobras possui 11 refinarias responsáveis por cerca de 80% da produção nacional de combustíveis fósseis, após ter vendido duas unidades durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. Como parte de uma estratégia para se concentrar na exploração em águas profundas.

A refinaria de Mataripe, construída na década de 1950, é a segunda maior do Brasil, com a maior capacidade de produção de gasolina, diesel e outros derivados no Norte e Nordeste do país. Isto, segundo a operadora Acelen, controlada pela Mubadala. O ministro Silveira afirmou que o fundo pretende vender a RLAM porque adquiriu a unidade na expectativa de que a Petrobras venderia outras refinarias. No entanto, a participação da Mubadala no mercado de refino brasileiro ainda é eclipsada pela presença dominante da Petrobras.

“Essa recompra vai ter que acontecer, não faz mais sentido que um investidor privado como Mubadala possua uma refinaria no Brasil”, apontou Adriano Pires, especialista da indústria petrolífera que foi cogitado como potencial CEO da Petrobras.

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