- Na última quinta (25), a Petrobras firmou contratos para ceder integralmente sua participação nos campos de Cherne e Bagre
- Em março de 2020, a produção nos dois campos parou, assim, as plataformas correspondentes estão em estado de hibernação.
- A companhia afirmou que a cessão dos ativos não resultará em prejuízo ou transferência de qualquer empregado da Petrobras
Na última quinta-feira (25), a Petrobras firmou contratos para ceder integralmente sua participação nos campos de Cherne e Bagre. Estes, situados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco.
Em março de 2020, a produção nos dois campos parou, e desde então, as plataformas correspondentes estão em estado de hibernação.
“[…] Petrobras, em continuidade ao comunicado divulgado em 17/04/24, informa que assinou hoje contratos para a cessão da totalidade de sua participação nos campos de Cherne e Bagre, localizados em águas rasas na Bacia de Campos, para a Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda (Perenco). A produção dos dois campos foi interrompida em março de 2020 e as respectivas plataformas estão hibernadas desde então.”
A Petrobras receberá um valor total de US$ 10 milhões com a operação. A empresa efetuou o pagamento de US$ 1 milhão nesta quinta-feira (25). Enquanto, o restante será pago no fechamento da transação, sujeito aos ajustes estipulados no contrato.
Segundo a petroleira, a transferência destes campos para a Perenco abre a perspectiva de retomada da produção pelo novo operador, representando uma alternativa mais vantajosa para a Petrobras em comparação à opção de descomissionamento das instalações e devolução das concessões à ANP.
A estatal afirma que a transação permite direcionar os investimentos no segmento de E&P para ativos mais alinhados com a estratégia da companhia, que inclui, entre outros aspectos, a crescente descarbonização das operações.
Por fim, a companhia afirmou que a cessão dos ativos não resultará em prejuízo ou transferência de qualquer empregado da Petrobras. Pois a maioria dos trabalhadores que atuavam na operação já foi realocada para outras atividades da empresa.
Após a conclusão da transferência dos campos, os trabalhadores necessários para a manutenção dos ativos hibernados serão realocados para outras operações.
Os campos de Cherne e Bagre
A Petrobras adquiriu os campos de Cherne e Bagre por meio da Rodada Zero da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Localizados na Bacia de Campos, a 73 km da costa do estado do Rio de Janeiro, os campos têm profundidades que variam de 108 a 150 metros. Antes da interrupção da produção em março de 2020, os campos eram operados pelas plataformas PCH-1 e PCH-2, que agora estão em estado de hibernação. Em maio de 2022, a Petrobras iniciou o processo junto à ANP para devolver as concessões de Cherne e Bagre, e começou a planejar o descomissionamento das instalações de produção associadas a esses campos.
Sobre a Perenco
A Perenco Petróleo e Gás do Brasil Ltda, subsidiária da Perenco S.A., é uma das maiores empresas independentes de óleo e gás, com operações em 14 países. No Brasil, desde 2019, a Perenco opera os campos de Carapeba, Pargo e Vermelho, situados em águas rasas na Bacia de Campos.
Esta divulgação está em conformidade com as normas internas da Petrobras e com a legislação aplicável.
Petrobras: conselho aprova a distribuição de dividendos
O conselho de administração da Petrobras aprovou ontem (25), a distribuição de 50% dos dividendos extraordinários de 2023, totalizando R$ 43,9 bilhões. A decisão, portanto, tomada após intensas discussões internas, equilibra a proposta inicial de distribuição total com as preocupações sobre a sustentabilidade financeira da empresa.
Na reunião da última sexta-feira, o conselho havia sinalizado a intenção de liberar metade dos dividendos, mas a confirmação dependia da votação de hoje. A medida reflete um compromisso entre a retenção integral defendida por parte dos membros governamentais e a liberação completa dos recursos.
Os ministros Fernando Haddad da Fazenda, Rui Costa da Casa Civil, e Alexandre Silveira de Minas e Energia, que previamente haviam se posicionado a favor da distribuição de 100% dos dividendos em uma reunião no Palácio do Planalto, enfrentaram oposição no conselho, que votou 6 a 4 pela retenção na sessão anterior.
A decisão atual do conselho é vista como estratégica para manter a saúde financeira da Petrobras, permitindo investimentos contínuos e operações sustentáveis, ao mesmo tempo que recompensa os acionistas. O mercado financeiro deve reagir a essa notícia, com potencial impacto sobre as ações da companhia nos próximos dias.