Petrobrás minerando BTC

Petrobras inicia projeto de mineração de Bitcoin utilizando gás natural

A Petrobras (PETR4) anunciou um projeto de pesquisa e desenvolvimento voltado à mineração de Bitcoin, visando a utilização de gás natural excedente na produção de energia.

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17 May 2021, Saxony-Anhalt, Griebo: Gas is burned off at a mobile flare system at the station of the long-distance pipeline operator Ontras Gastransport in Apollensdorf. Ontras has been renewing the Neugattersleben (Nienburg) - Trajuhn gas pipeline northeast of Wittenberg since August 2019. This pipeline is an important transport route for the energy supply of Saxony-Anhalt and neighbouring regions. Before work can begin on the relevant section of the pipeline, the pressure across the downstream network is lowered as far as possible. Instead of blowing out the residual gas into the atmosphere in a controlled manner, it is burned off via a flare. This produces ten times less CO2 equivalent than blowing it out. The flare is operated under constant, expert supervision. A total of around 35,000 cubic meters of gas will be burned. The total length of the pipeline is 74 kilometers and it has a diameter of 40 to 50 centimeters. Photo: Hendrik Schmidt/dpa-Zentralbild/ZB (Photo by Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images)
17 May 2021, Saxony-Anhalt, Griebo: Gas is burned off at a mobile flare system at the station of the long-distance pipeline operator Ontras Gastransport in Apollensdorf. Ontras has been renewing the Neugattersleben (Nienburg) - Trajuhn gas pipeline northeast of Wittenberg since August 2019. This pipeline is an important transport route for the energy supply of Saxony-Anhalt and neighbouring regions. Before work can begin on the relevant section of the pipeline, the pressure across the downstream network is lowered as far as possible. Instead of blowing out the residual gas into the atmosphere in a controlled manner, it is burned off via a flare. This produces ten times less CO2 equivalent than blowing it out. The flare is operated under constant, expert supervision. A total of around 35,000 cubic meters of gas will be burned. The total length of the pipeline is 74 kilometers and it has a diameter of 40 to 50 centimeters. Photo: Hendrik Schmidt/dpa-Zentralbild/ZB (Photo by Hendrik Schmidt/picture alliance via Getty Images)

A Petrobras deu início a um projeto de pesquisa e desenvolvimento que envolve a mineração de Bitcoin (BTC). A notícia foi divulgada na semana passada pelo especialista em inovação e arquitetura de blockchain, Marcelo Abdo Fuad Curi, em uma postagem no LinkedIn.

A Petrobras pretende capitalizar sua infraestrutura existente para aproveitar o gás natural associado à produção de petróleo, seguindo o modelo já adotado por outras empresas do setor. Esse gás é encontrado junto ao petróleo devido ao seu processo geológico comum. O gás que não é viável comercialmente geralmente é injetado de volta no reservatório, aumentando a pressão e facilitando a extração do petróleo, ou queimado, o que gera desperdício de energia e impactos negativos ao meio ambiente.

“A conversão do gás excedente, tradicionalmente desperdiçado em processos de queima, em energia elétrica para alimentar ASICs (equipamentos especializados para a mineração de Bitcoin), representa uma solução inovadora de eficiência energética. Esse sistema pode atuar como regulador de carga, otimizando o uso de energia em períodos de baixa demanda e transformando excedentes em valor econômico por meio da mineração”, explicou Alexandre Ludolf, sócio-gerente da Transfero Ventures, uma empresa de soluções financeiras baseadas em blockchain.

Petrolíferas e Bitcoin: inovações em sustentabilidade

Outras empresas do setor petrolífero já adotaram práticas semelhantes. Desde 2021, companhias de criptomoedas apoiam empresas petrolíferas nos Estados Unidos a utilizar gás natural excedente para alimentar operações de mineração. A Crusoe Energy é citada como exemplo, capturando metano residual para abastecer data centers.

Em 2023, a Tecpetrol, uma das principais petrolíferas da Argentina, também iniciou um projeto de mineração de criptomoedas.

“Utilizamos gás que não é queimado por questões ambientais e regulatórias para gerar energia, promovendo um uso mais eficiente da energia”, declarou Ricardo Markous, CEO da Tecpetrol, em suas redes sociais no ano passado.

Em 2024, a Genesis Digital Assets Limited, uma das maiores empresas de mineração de Bitcoin do mundo, inaugurou um data center na Argentina alimentado pela YPF, a estatal petrolífera. A parceria abastece 1.200 máquinas de mineração de BTC, monetizando eficientemente gases que de outra forma seriam queimados na atmosfera.

A queima do gás excedente contribui para o aquecimento global e acelera as mudanças climáticas. No último mês de dezembro, segundo o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural da Petrobras, a empresa queimou 5,2 milhões de metros cúbicos de gás por dia. Além de ser prejudicial ao meio ambiente, essa queima é considerada “um desperdício de um recurso natural valioso”, conforme apontado pelo Banco Mundial, que destaca que a quantidade de gás atualmente queimada anualmente — cerca de 148 bilhões de metros cúbicos — poderia abastecer toda a África Subsaariana.

Bitcoin se valoriza e atinge R$ 609.969

Minerar bitcoin pode ser uma boa para qualquer empresa, ainda mais levando em consideração que na manhã desta terça-feira, 28 de janeiro de 2025, o preço do Bitcoin (BTC) subiu para R$ 609.969,22, marcando um aumento de mais de R$ 20 mil nas últimas 24 horas, com uma valorização superior a 4%. Os touros do mercado estão otimistas com a possibilidade de superar a barreira dos US$ 105 mil.

Mike Ermolaev, fundador da Outset PR, ressaltou que essa recuperação evidencia a força da tendência de alta. Historicamente, fevereiro tem sido o segundo melhor mês para as criptomoedas, com o Bitcoin registrando valorização em 10 dos últimos 12 anos.

O Bitcoin apresenta forte suporte em US$ 90.000. A recente correção de preços sugere que o BTC poderá oscilar entre US$ 95.000 e US$ 102.000 nesta semana, dependendo se o mercado consegue romper a resistência ou se a pressão de venda levará o preço a níveis inferiores. Em um cenário de queda, uma quebra do suporte de US$ 90.000 poderia abrir caminho para novas desvalorizações, possivelmente até a faixa de US$ 85.000.

Fernando Américo
Fernando Américo
Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvol