Antes da divulgação de seus resultados nesta quarta (28), a Petrobras (PETR4) já anunciou revisão da política de dividendos aos acionistas.
De acordo com comunicado da estatal, o Conselho de Administração fez aprovação da política de dividendos revisada em reunião realizada nesta terça (27).
Sendo assim, ficou decidido que considerando um cenário que a estatal não apure lucro contábil em seus exercícios, ainda assim será possível distribuir dividendos.
Nesse sentido, as regras para permitir a distribuição serão baseadas em cenários específicos, onde a administração entenda sustentabilidade financeira da Petrobras (PETR4).
Em quais casos a Petrobras poderá pagar dividendos?
Conforme explicado pela companhia, existem dois novos cenários previstos para considerar pagamento de dividendos.
Primeiramente, caso a dívida bruta esteja acima de US$ 60 bilhões ao mesmo tempo que tenha ocorrido redução da dívida líquida nos últimos 12 meses, será possível apresentar proposta de distribuição de dividendos. Além disso, a distribuição estará limitada à redução da dívida líquida.
Em seguida, existe o pagamento de dividendos extraordinários, sendo este um caso excepcional.
Para que seja possível o pagamento, é preciso que a Petrobras (PETR4) tenha dívida bruta inferior a US$ 60 bilhões, ainda que não apure lucro contábil.
Caso esse cenário aconteça, então é necessário que seja feita a seguinte fórmula:
Remuneração = 60% x (Fluxo de caixa operacional – CAPEX)
Dessa maneira, a fórmula permite que o acionista seja capaz de receber um valor de dividendo acima do mínimo legal obrigatório ou do valor anual apurado.
Em resumo, a Petrobras (PETR4) com essa política entende que o pagamento de dividendos passará a ser compatível com a sua geração de caixa.
Goldman Sachs recomendou compra
O Goldman Sachs produziu relatório sobre a Petrobras (PETR4), todavia disse ainda estar analisando o impacto da revisão sobre a política de dividendos.
Por outro lado, a instituição financeira ainda enxerga assimetria positiva no preço das ações atualmente. Nesse sentido, o Goldman Sachs considera que a estatal negocia a preços baixos comparando com a estimativa de fluxo livre de 2021 e assumindo preço do petróleo Brent em US$ 60.
Sendo assim, a instituição recomenda compra apresentando preço-alvo de R$ 43 para os próximos 12 meses.
Além disso, está previsto para hoje a divulgação de resultados da companhia após fechamento do mercado.