O plano de metas da Petrobras não será deixado de lado, pois segundo os seus advogados ela recorrerá da decisão do STF.
O STF (Superior Tribunal Federal) julgou como improcedente a venda da TAG (Transportadora Associada de Gás). Essa operação é parte integrante de um programa de desenvolvimento por parte da Petrobras.
Além da TAG, também estão sendo negociados outros ativos incluindo algumas refinarias. Tudo isso é parte de uma estratégia da Petrobras para diminuir gastos operacionais.
Mas os ministros do STF acreditam que a decisão foi tomada sem base legal, pois não foi aprovada previamente pelos mesmos. Parte da empresa ainda é estatal e por isso a operação deveria funcionar baixo licitação.
Esse fato cancela a venda da TAG para o grupo francês Engie por 8,6 bilhões de dólares. E com isso traz incertezas no âmbito contábil e de mercado da estatal que acabou freando sua recuperação na bolsa.
A decisão do STF ainda abordou o tema da venda de 60% das refinarias no Sul e no Nordeste. Segundo o plano que foi atualizado em 2019 pela Petrobras, as vendas desses ativos poderiam render até US$20 bilhões de dólares.
Além de aumentar o capital interno as vendas captariam investimentos de fora, o que seria desejável. Mas a Petrobras terá que esperar a próxima rodada com o STF para dar andamento ao seu Plano de Negócios e Gestão.
Recorrer e recuperar
A Petrobras irá recorrer da decisão em sua totalidade, pois acredita que tal ação por parte do STF não será benéfica. Isso porque do ponto de vista do mercado o desinvestimento é de importância vital.
O anúncio das medidas de descentralização de operações para focar na atividade principal, chamou a atenção dos investidores. Sendo que na metade do ano a recuperação no mercado das ações foi grande.
Com a sanção do STF, a Petrobras acredita que muitas dúvidas ficaram no ar impedindo a retomada do crescimento. Como isso pode perdurar por algum tempo analistas e investidores devem ficar atentos.