Petróleo garantido? Brava Energia surpreende com valor bilionário em reservas

• Brava Energia certifica 479 milhões de barris de óleo equivalente em reservas provadas (1P), com 92% em petróleo e 8% em gás natural
• Relatório estima valor presente líquido (VPL) de US$ 8 bilhões para reservas 1P e US$ 10,1 bilhões para 2P, com vida útil de até 26 anos
• Certificação inclui ativos em bacias do Recôncavo, Potiguar, Atlanta e outros, mas deixa de fora campos como BC-10 e Pescada/Ubarana

A Brava Energia (BRAV3) anunciou nesta quinta-feira (17) que possui 479 milhões de barris de óleo equivalente (boe) em reservas provadas (1P). Além de 605 milhões de boe em reservas provadas mais prováveis (2P), conforme relatório de certificação elaborado pelas consultorias independentes DeGolyer and MacNaughton e Gaffney, Cline & Associates.

Os dados, no entanto, refletem a situação dos ativos da companhia com data-base em 31 de dezembro de 2024.

As reservas confirmam o posicionamento estratégico da Brava no mercado de óleo e gás, com predominância de óleo nas reservas. Do total 1P, 92% representam petróleo e os 8% restantes são compostos por gás natural.

A empresa também revelou que o valor presente líquido (VPL) estimado para os ativos upstream da companhia é de US$ 8 bilhões para as reservas 1P. E, ainda, US$ 10,1 bilhões para as 2P, considerando uma taxa de desconto de 10% ao ano e excluindo o impacto do imposto de renda.

Reservas indicam horizonte de longo prazo para produção

A certificação demonstra que, mantida a média de produção observada em 2024, as reservas 1P da Brava Energia garantiriam um horizonte de produção de 26 anos. Já considerando o pico de produção 1P previsto nos relatórios técnicos, a vida útil dessas reservas seria, no entanto, de 12 anos.

O estudo técnico validou reservas em diferentes bacias e campos, reforçando a diversificação do portfólio da companhia. O relatório inclui 100% dos ativos onshore da Bacia Potiguar e da Bacia do Recôncavo. Além de participações expressivas em ativos offshore: 80% do campo de Atlanta, 45% do campo de Manati, 100% de Peroá e 62,5% de Papa-Terra.

A abrangência da certificação consolida, assim, a presença da Brava nas principais regiões produtoras do país.

A companhia optou por não incluir alguns campos na certificação 2025, como os de águas rasas no Rio Grande do Norte (Pescada e Ubarana) e os ativos do Parque das Conchas (BC-10). Dessa forma, sinalizando que ainda pode haver potencial adicional a ser avaliado futuramente.

Potencial de crescimento inclui recursos contingentes

A Brava também destacou que parte de seu portfólio ainda está em processo de evolução para reservas certificadas. O volume de 10 milhões de boe de recursos contingentes (1C) em Malombe, que compõe o Polo Peroá, depende de aprovação regulatória. A empresa condiciona essa conversão à declaração de comercialidade perante a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

A empresa ainda esclareceu que o valor presente líquido informado não inclui ativos do portfólio de midstream e downstream. Como: logística, refino, processamento e venda de derivados, que estão localizados principalmente no Rio Grande do Norte. Isso significa que os números atuais representam apenas parte do potencial econômico total da Brava.

Com a certificação divulgada, a Brava Energia reforça seu posicionamento como uma das principais empresas do setor de energia no Brasil, com ativos robustos e estratégias focadas em sustentabilidade operacional e crescimento contínuo.