A PetroReconcavo, empresa atuante no setor de petróleo e gás, divulgou recentemente seu desempenho de produção no mês de agosto. Os números revelam um aumento notável na produção de óleo equivalente em relação ao mesmo período do ano anterior, embora tenha havido uma leve retração em comparação com o mês anterior. A empresa destaca que esses resultados foram influenciados por uma série de fatores operacionais e de manutenção.
No mês de agosto, a PetroReconcavo registrou uma produção média de 28,2 mil barris de óleo equivalente por dia, representando um impressionante crescimento de 27,3% em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esse aumento substancial na produção demonstra a capacidade da empresa de expandir suas operações e aproveitar oportunidades de mercado.
No entanto, em relação ao mês de julho, houve uma pequena retração de 0,9% na produção. Essa diminuição pode ser atribuída a diversos fatores, incluindo eventos pontuais que afetaram a operação da empresa. É interessante notar que a PetroReconcavo divide sua produção em óleo e gás natural, com 16,5 mil barris por dia de produção de óleo e 1,84 milhão de metros cúbicos por dia de produção de gás natural em agosto.
Os Ativos Potiguar e Bahia/Sergipe se destacam nas operações da PetroReconcavo. No Ativo Potiguar, a produção atingiu 15,6 mil barris de óleo equivalente por dia em agosto, enquanto no Ativo Bahia/Sergipe, a produção foi de 12,5 mil barris de óleo equivalente por dia. Essas regiões são estratégicas para a empresa e contribuem significativamente para seu desempenho global.
No entanto, a empresa também enfrentou desafios operacionais em agosto. A PetroReconcavo mencionou que a manutenção realizada no Ativo Industrial de Guamaré, conduzida pela 3R Petroleum, resultou em restrições parciais no escoamento do petróleo produzido no Ativo Potiguar durante alguns dias. Além disso, eventos como o apagão ocorrido em 15 de agosto e uma parada programada para manutenção no dia 29 de agosto impactaram a produção em seus campos no mês passado.
Ouro negro: Bradesco BBI aposta em Prio e 3R como as “joias” do setor petroleiro
O mercado de petróleo foi especialmente agitado na última semana, com os preços do petróleo Brent atingindo a marca de US$ 90,60 e continuando a subir, com o Brent (novembro) encerrando a sessão regular a US$ 90,65, um aumento de 0,81%, e o WTI (setembro) subindo 0,74%, chegando a US$ 87,51. Essa ascensão dos preços foi impulsionada pelo anúncio da Arábia Saudita e da Rússia de estender os cortes voluntários na produção até o final do ano, uma medida que renovou as máximas de dez meses na quarta-feira.
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Nesse cenário dinâmico, o Bradesco BBI emitiu um relatório destacando as empresas brasileiras do setor de petróleo que poderiam se beneficiar dessas notícias, incluindo PRIO (PRIO3), PetroReconcavo (RECV3) e 3R Petroleum (RRRP3).
O banco reforçou sua preferência por PRIO e PetroReconcavo, considerando-as empresas que unem as histórias de valor e crescimento. Mesmo em um cenário de taxas de juros mais altas, essas empresas têm potencial para crescimento e continuam a oferecer bons dividendos.
No caso da PetroReconcavo, a empresa planeja quase dobrar sua produção em três anos, concentrando-se na recuperação de campos maduros. Enquanto isso, a PRIO tem planos de aumentar sua produção em 50% em três anos, com o desenvolvimento de campos como Wahoo, no pré-sal, e Albacora Leste.
Ambas as empresas apresentam balanços sólidos no momento e, devido à natureza de alta margem do negócio, têm a capacidade de gerar valor mesmo com investimentos em crescimento. O Bradesco BBI classificou a PRIO como “outperform” (com potencial para superar o índice de referência), com um preço-alvo de R$ 65,00, mesma avaliação e preço atribuídos à 3R Petroleum. A recomendação também se estende à PetroReconcavo, com um preço-alvo estabelecido em R$ 35.
