Arrecadação financeira

PF denuncia X por monetização de perfis bloqueados

A investigação aponta que a plataforma continuou a oferecer mecanismos de arrecadação financeira para contas de influenciadores e ativistas.

PF denuncia X por monetização de perfis bloqueados
  • PF denuncia à STF: Rede social X, de Elon Musk, monetizou perfis com bloqueio judicial
  • Descumprimento de decisão: Plataforma manteve mecanismos de arrecadação para contas proibidas
  • Foco em influenciadores: Ativistas e influenciadores continuaram a receber recursos financeiros ilegalmente

A Polícia Federal (PF) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que a rede social X, de propriedade do bilionário Elon Musk, permitiu a monetização de perfis que tinham determinação judicial para bloqueio.

A investigação, no entanto, aponta que a plataforma continuou a oferecer mecanismos de arrecadação financeira para contas de influenciadores e ativistas, mesmo sob proibição expressa da Justiça brasileira.

Perfis bloqueados continuaram lucrando

De acordo com a PF, as contas do blogueiro Allan dos Santos, do jornalista Rodrigo Constantino e do empresário Paulo Figueiredo seguiram com opções de financiamento disponíveis para usuários no Brasil. Em vez de exibirem uma mensagem de retenção, os perfis continham:

“Botões e informações que permitem aos usuários financiarem e apoiarem essas contas por meio de assinaturas na plataforma X”.

No caso de Allan dos Santos, havia ainda um endereço para recebimento de doações em bitcoin. Contudo, sugerindo um pedido de contribuições no valor de R$ 25,90 ao mês.

A PF também destacou que as contas bloqueadas conseguiram realizar transmissões ao vivo na plataforma. Contudo, outra ação proibida por decisão judicial. A realização de lives era um dos mecanismos usados pelos investigados para disseminar conteúdos que violavam as diretrizes da Justiça.

Ligação com tentativa de golpe

O empresário Paulo Figueiredo está entre os 34 denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suspeita de envolvimento na tentativa de golpe de Estado em 2022.

A monetização das contas reforça as suspeitas sobre a continuidade de um sistema de financiamento para aqueles que participaram da articulação de atos antidemocráticos no período pós-eleitoral.

O caso levanta questionamentos sobre a responsabilidade da plataforma X no cumprimento das ordens judiciais brasileiras.

As autoridades investigam se houve negligência deliberada da empresa em impedir o funcionamento financeiro desses perfis. Dessa forma, o que poderia configurar uma violação da legislação brasileira e desobediência à Justiça.

Repercussão e próximos passos

A polícia está apurando a extensão dos ganhos obtidos pelos influenciadores e se a plataforma X tomou medidas para impedir a continuidade da monetização. O STF pode adotar novas sanções contra a rede social. Assim, incluindo multas ou medidas mais drásticas caso a empresa continue a descumprir as determinações judiciais.

A defesa dos investigados ainda não se manifestou, e a plataforma X, até o momento, não comentou oficialmente sobre as acusações.

Rocha Schwartz
Paola Rocha Schwartz
Estudante de Jornalismo, apaixonada por redação e escrita! Tenho experiência na área educacional (alfabetização e letramento) e na área comercial/administrativ