O lançamento do Pix automático, previsto para junho de 2025, pode movimentar até US$30 bilhões (aproximadamente R$177 bilhões) nos dois primeiros anos de operação, exclusivamente no comércio eletrônico. O estudo realizado pela Ebanx, divulgado nesta terça-feira (28), aponta que essa nova modalidade do sistema de pagamentos pode ter um impacto significativo nas transações de serviços recorrentes, como streaming e empresas de software-as-a-service.
Atualmente, o Pix já movimenta mais de R$2 trilhões por mês, conforme dados do Banco Central. O vice-presidente de produto do Ebanx, Eduardo de Abreu, comentou que a previsão de crescimento é promissora: “O Pix automático tende a ser muito grande e muito relevante, principalmente pelos modelos de negócios baseados em receitas recorrentes”.
A principal vantagem do Pix automático será o agendamento de pagamentos com recorrência semanal, mensal, trimestral ou anual. Ao contrário do Pix agendado, esse novo serviço será gratuito para os clientes e ofertado pelas empresas, tornando-se um concorrente direto dos cartões de crédito no comércio eletrônico.
Notícias Relacionadas
Milhões de Linhas de Dados
Dados sensíveis do DeepSeek foram expostos. Interações dos usuários podem ter vazado
Falha de segurança de startup chinesa deixou mais de 1 milhão de registros expostos, revelando dados sigilosos e riscos à privacidade.
Argentina assume a liderança e supera Brasil em juros reais
Com a elevação da Selic, o Brasil ocupa a segunda posição global em juros reais, enquanto a Argentina surpreende e lidera o ranking.
Sem segurança
Assim como TikTok, DeepSeek enfrenta banimento nos EUA, cita analista
Aplicativo chinês de inteligência artificial é alvo de discussões sobre segurança nacional, levantando incertezas no mercado.
PT critica aumento da Selic mas defende Galípolo
Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias criticam decisão do Banco Central e o legado de Campos Neto, mas defendem o novo presidente Galípolo.
Perspectiva
O estudo da Ebanx indica que, no primeiro ano, o Pix automático pode captar até US$2 bilhões do mercado de pagamentos recorrentes, tradicionalmente dominado pelos cartões de crédito. Em 2024, os cartões devem movimentar cerca de US$50 bilhões no setor. Porém, o impacto do Pix automático pode ultrapassar essas estimativas, ao abranger não apenas o comércio eletrônico, mas também contas de serviços essenciais, como água e luz, atualmente pagas via boleto ou débito automático.
Com a liquidação instantânea dos pagamentos, o Pix automático pode se destacar entre as opções tradicionais de pagamento. No entanto, analistas da Moody’s Ratings, como Alexandre Albuquerque, acreditam que os bancos não devem ser significativamente afetados, uma vez que possuem receitas diversificadas e continuam investindo em benefícios para atrair clientes.
O Santander Brasil já oferece a opção de agendamento de pagamentos via Pix, enquanto outros bancos como Bradesco e Itaú Unibanco planejam lançar produtos similares em breve.
