Alterando o jogo

Pix Parcelado chega padronizado: veja o que muda para lojistas e varejistas

Recebimento instantâneo, custos menores e mais segurança estão entre os principais ganhos do novo modelo.

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  • Pix Parcelado garante recebimento imediato e custos até 14 vezes menores para lojistas
  • Modelo reduz riscos de chargeback e pode atrair mais clientes
  • Padronização do Banco Central deve ampliar adesão e consolidar a modalidade no varejo

O Pix Parcelado, modalidade que permite ao consumidor dividir pagamentos via Pix, ganhou padronização do Banco Central. A medida promete trazer mais clareza e aumentar a adesão do mercado, mas deve gerar impactos iniciais limitados para lojistas e varejistas.

Segundo especialistas do setor, a novidade reforça a atratividade do Pix no comércio, pois mantém o recebimento imediato dos valores e pode reduzir despesas relevantes para empresas.

Custos mais baixos e fluxo de caixa imediato

Uma das maiores vantagens do Pix Parcelado é a mesma do Pix tradicional: o vendedor recebe o valor integral na hora da transação. Isso garante fluxo de caixa instantâneo e elimina a espera por repasses das operadoras de cartão.

Alex Hoffmann, CEO da PagBrasil, ressalta que as taxas do Pix são muito menores do que as do cartão de crédito. Além disso, segundo cálculos da empresa, lojistas chegam a economizar até 14 vezes em tarifas quando recebem via Pix.

Portanto, o modelo traz menos risco de chargeback, já que o pagamento é definitivo e só pode ser contestado em casos de fraude comprovada.

Ferramenta de vendas e atração de clientes

O Pix Parcelado também pode se tornar um diferencial competitivo. Para Hoffmann, a possibilidade de oferecer descontos atrelados ao parcelamento via Pix funciona como argumento de venda em lojas físicas e e-commerces.

Assim, o cliente ganha flexibilidade de crédito dentro do app do banco, enquanto o lojista recebe à vista. Isso amplia o poder de atração de novos consumidores.

Desse modo, a modalidade ainda fortalece a visibilidade de marcas que buscam modernizar sua experiência de pagamento, mostrando agilidade e inovação.

Desafios ainda no caminho

Apesar dos ganhos, existem entraves. Hoffmann lembra que o parcelamento depende da instituição financeira, e o lojista não controla prazos ou taxas oferecidas ao consumidor.

Ademais, outro ponto é que a aceitação do Pix Parcelado ainda é limitada, já que nem todos os bancos e fintechs disponibilizam a opção.

Portanto, com isso o avanço depende da padronização regulatória, que deve reduzir barreiras e impulsionar a adesão ao sistema.

Futuro no varejo

Com a nova regulamentação do Banco Central, o Pix Parcelado tende a ganhar escala. Gilmar Hansen, do RecargaPay, acredita que a padronização trará mais clareza para o consumidor, eliminando dúvidas e fortalecendo o produto.

Já Hoffmann enxerga o Pix Parcelado como evolução natural do crédito digital, capaz de oferecer ganhos reais ao comércio e maior eficiência financeira.

Por fim, para lojistas e empreendedores, a tendência é clara: modernizar a experiência de pagamento, cortar custos e aumentar competitividade.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.