
- Governo liberou R$ 2,17 milhões para Belém, com recursos destinados à Defesa Civil
- Críticas internacionais se concentram nos preços elevados de hotéis, que chegam a R$ 238 mil no período da COP30
- Governadores de 19 estados assinaram carta de apoio, mas pressões logísticas seguem preocupando
O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional autorizou o repasse de R$ 2,17 milhões para Belém (PA), cidade que receberá a COP30 em novembro. A portaria foi publicada nesta segunda-feira (18) no Diário Oficial da União.
Segundo o governo, o valor será destinado a ações da Defesa Civil, enquanto os preparativos para a conferência climática da ONU seguem pressionados por críticas sobre infraestrutura e hospedagem.
Recursos para Defesa Civil
O repasse autorizado busca reforçar ações de segurança e prevenção em Belém, no período que antecede a COP30. O evento reunirá milhares de pessoas, incluindo chefes de Estado e delegações internacionais, o que aumenta a necessidade de suporte logístico.
Além disso, a medida também atende a cobranças locais, pois a cidade precisa acelerar até novembro as obras de mobilidade e saneamento.
Desse modo, o montante faz parte de uma série de investimentos federais voltados para a realização do encontro climático.
Hospedagem em foco
Paralelamente, os preços das diárias de hotéis continuam sendo alvo de reclamações. Segundo levantamento, os valores variam de R$ 6 mil a R$ 238 mil durante a COP30. O tema tem provocado atritos com delegações internacionais, que pediram mudanças ou alternativas de hospedagem.
Ademais, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, admitiu que os custos de estadia são hoje o principal ponto de tensão. Alguns países chegaram a cogitar solicitar a mudança da sede da conferência, caso não houvesse ajustes.
Portanto, para reduzir a pressão, a secretaria da COP30 anunciou um plano oficial de acomodação, com 2.500 quartos entre US$ 100 e US$ 600, destinados a delegações oficiais.
Apoio político
Na semana passada, governadores e vice-governadores de 19 estados assinaram carta de apoio à conferência durante o Fórum Nacional de Governadores em Belém. Os líderes políticos viram o gesto como uma demonstração de unidade para garantir a realização do evento na capital paraense.
Apesar do respaldo, a pressão internacional e os problemas logísticos ainda preocupam. Além disso, organizações ambientais e observadores destacam que o Brasil corre contra o tempo para transformar a COP30 em vitrine positiva, como pretendia o governo federal.
Por fim, especialistas afirmam que precisam equilibrar o discurso ambiental com a infraestrutura limitada da cidade.