
- Porsche anuncia R$ 70 milhões para ampliar rede de carregadores até 2028
- A marca enxerga o Brasil como “país verde” e estratégico para eletrificação
- Porsche lidera o mercado de esportivos com quase 50% de participação em 2025
A Porsche (POAHF) decidiu acelerar de vez sua estratégia de eletrificação no Brasil. Nesse sentido, a montadora anunciou um novo ciclo de investimentos de R$ 70 milhões. O objetivo é ampliar a rede de carregadores ultrarrápidos em rodovias do país. Com esse plano, a infraestrutura chegará a 104 unidades até 2028.
O CEO da Porsche Brasil, Peter Vogel, destacou em entrevista à Bloomberg Línea que o Brasil tem diferencial competitivo por sua matriz energética limpa: “Mais de 85% da eletricidade gerada aqui vem de fontes renováveis. Somos um país verde, não há isso em nenhum outro lugar”. A aposta reforça a visão de que o futuro da marca no país será cada vez mais elétrico.
Infraestrutura robusta em expansão
O novo programa prevê a instalação de 66 carregadores ultrarrápidos adicionais, cada um com capacidade de até 150 kW e plugues exclusivos para clientes da marca.
Além disso, o investimento será feito em parceria com concessionárias e a GreenV, responsável por mais de 4.000 pontos de recarga residencial já instalados para clientes da Porsche desde 2018.

Até agora, a companhia soma R$ 167 milhões em aportes para infraestrutura de carregamento no Brasil. Desse modo, além dos pontos em rodovias, a rede de Porsche Centers já oferece 23 estações de recarga ultrarrápida em capitais e grandes cidades.
Mercado brasileiro em foco
A Porsche mantém liderança no segmento de esportivos no Brasil, com 47,8% do market share até agosto de 2025, segundo a Fenabrave.
Ademais, o modelo 911 é o destaque, respondendo por 27,7% dos emplacamentos. Para Vogel, a cultura automotiva local impulsiona as vendas: “O brasileiro gosta de esportivos e tem abraçado a transição para os eletrificados”.
Por fim, no cenário externo, a marca acompanha com atenção as negociações de um acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, que pode abrir novas oportunidades para exportação e importação de veículos e componentes.