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Porto (PSSA3): lucro cai 13,6% no 2T24 devido a enchentes no RS

A Porto (PSSA3) reportou lucro líquido de R$ 584 milhões no 2T24, uma redução de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Imagem/Reprodução Porto Seguro
Imagem/Reprodução Porto Seguro
  • A Porto (PSSA3) reportou um lucro líquido de R$ 584 milhões no segundo trimestre de 2024
  • Assim, refletindo uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior
  • A receita total da companhia, por outro lado, apresentou um crescimento de 13,9%, alcançando R$ 9 bilhões

A Porto (PSSA3) reportou um lucro líquido de R$ 584 milhões no segundo trimestre de 2024. Assim, refletindo uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado foi fortemente afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As quais impactaram negativamente os resultados em R$ 87,2 milhões. Além disso, a rolagem de títulos de renda fixa também contribuiu para a pressão sobre a linha final do balanço.

O retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) no trimestre foi de 18,5%, indicando uma rentabilidade ainda robusta, apesar dos desafios enfrentados. A receita total da companhia, por outro lado, apresentou um crescimento de 13,9%, alcançando R$ 9 bilhões. Uma expansão significativa na base de clientes, que encerrou o segundo trimestre com 17,7 milhões de usuários, impulsionou esse desempenho positivo.

No que diz respeito à Porto Seguro, que abriga as operações de seguros do grupo, a receita alcançou R$ 5,2 bilhões, apresentando um aumento de 3,6% em comparação ao segundo trimestre do ano anterior. O segmento de seguros de automóveis, que é o carro-chefe da empresa, teve um crescimento mais modesto de 0,7%. Em contrapartida, os seguros patrimoniais avançaram 12,6%, e os seguros de vida cresceram 5,9%, evidenciando a diversificação e a resiliência das operações da Porto em meio a um cenário desafiador.

Esse resultado reflete a capacidade da Porto de se adaptar e crescer, mesmo diante de adversidades, mostrando que a empresa continua a fortalecer sua posição no mercado de seguros e serviços financeiros.

Expansão da receita

Todas as quatro verticais de negócios da Porto apresentaram crescimento na receita. No segmento de seguros, a receita cresceu 3,6%, totalizando R$ 5,2 bilhões. Assim, impulsionada por aumentos nos prêmios: 12,6% em seguros patrimoniais e 5,9% em seguros de vida. Isto, enquanto os prêmios de automóveis permaneceram estáveis, com um leve aumento de 0,7%.

A Porto Saúde teve um crescimento expressivo de 50,2%, alcançando R$ 1,6 bilhão. E o Porto Bank registrou um aumento de 23,5%, totalizando R$ 1,4 bilhão. A nova unidade Porto Serviço, que começou a divulgar seus resultados a partir do primeiro trimestre, faturou R$ 635,9 milhões entre abril e junho.

Por outro lado, o resultado financeiro da Porto no segundo trimestre caiu 48,3%, totalizando R$ 167 milhões. A rentabilidade das aplicações financeiras geridas pela tesouraria foi de 69,3% do CDI, influenciada por investimentos em renda fixa indexada à inflação, pré-fixada, renda variável e multimercados, resultando em um retorno total de R$ 224,7 milhões.

O índice de eficiência operacional, que mede a relação entre despesas administrativas e receita total, atingiu 11,7%, com um aumento de 0,3 ponto percentual em relação ao ano anterior.

Impacto das enchentes

As enchentes no Rio Grande do Sul impactaram, contudo, o índice de sinistralidade da Porto, que aumentou 3,2 pontos percentuais, atingindo 52,5%. O índice combinado, que avalia a lucratividade das operações de seguros, fechou o trimestre em 90,5%, com um crescimento de 3,5 pontos percentuais. Um índice acima de 100% indica prejuízo na operação.

O CFO da Porto, Celso Damadi, acredita, no entanto, que os efeitos das enchentes não devem se repetir nos próximos resultados.

“Entendemos que 99,9% do efeito Rio Grande do Sul ficou no segundo trimestre. O impacto não foi muito diferente do que tínhamos calculado. Pode aparecer um veículo ou outro, sim, mas nada material que vá afetar os dados”, disse Damadi.

“Não acho que os eventos climáticos vão trazer aumento sistêmico de sinistralidade, mas a gente deve continuar vendo fenômenos assim” afirmou, ainda, Paulo Kakinoff, CEO da Porto. 

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