O ano de 2023 marcou um período de significativa mudança no setor aéreo brasileiro, com um aumento quase sem precedentes no preço das passagens aéreas. Segundo dados recentemente divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as passagens aéreas registraram uma inflação de 48,11% no IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) até dezembro de 2023. Esse índice representa a maior alta anual desde 2011, quando a variação foi de 53,1%.
Este aumento expressivo no preço dos bilhetes aéreos ocorre em um momento de retomada da demanda por viagens, após um período de restrições severas devido à pandemia de Covid-19. A demanda reprimida, liberada com o relaxamento das restrições, criou um cenário onde a oferta de voos não acompanhou o súbito aumento na procura, contribuindo para o aumento nos preços.
Além disso, as companhias aéreas têm enfrentado desafios significativos relacionados aos custos operacionais. Entre estes, destacam-se os gastos com querosene de aviação e taxas de juros elevadas, que impactam diretamente no custo final das passagens. Estes fatores, combinados com a necessidade de recuperação econômica das empresas aéreas após o período de baixa demanda na pandemia, explicam em parte o aumento significativo nos preços das passagens.
Curiosamente, dentro dos 367 subitens que compõem o IPCA-15, a variação das passagens aéreas foi a segunda maior, ficando atrás apenas do aumento no preço do morango, que teve uma variação de 62,42%. Em contraste, a cebola registrou a maior queda de preço, com -30,86%.
Diante deste cenário, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado preocupação com o impacto dos altos custos das passagens aéreas para os consumidores. Uma das medidas em análise é a implementação do programa “Voa Brasil”, que propõe estipular o preço de R$ 200 para tíquetes destinados a grupos específicos, como estudantes e aposentados, com lançamento previsto para o início do próximo ano.
As três principais companhias aéreas atuantes no Brasil – Azul, Gol e Latam – anunciaram um plano de universalização do transporte aéreo, com o objetivo de oferecer preços mais acessíveis para voos domésticos. Esse plano inclui a disponibilização de 25 milhões de passagens com preços variando entre R$ 699 a R$ 799. No entanto, esses valores estão próximos do custo médio já praticado, levantando dúvidas sobre a efetividade dessa medida para reduzir de fato os preços ao consumidor final.
Em meio a este contexto, o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, expressou preocupação com a situação, destacando que a passagem aérea é o único componente da inflação que está causando maior preocupação ao governo atualmente. Esta preocupação é reforçada pelo fato de que, em dezembro, enquanto o IPCA-15 como um todo subiu 0,40%, o preço das passagens aéreas teve um aumento de 9,02%.
O impacto desse aumento no preço das passagens aéreas se estende além dos consumidores individuais, afetando o turismo, a economia e a acessibilidade de viagens aéreas no Brasil. À medida que o governo e as companhias aéreas buscam soluções para mitigar esses custos, os consumidores permanecem atentos e esperançosos por uma resolução que torne as viagens aéreas mais acessíveis no futuro próximo.
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