Notícias

Privatização da Sabesp atrai R$ 30 bilhões em demanda por ações

Investidores sinalizam interesse em mais de R$ 30 bi em ações da Sabesp, superando a oferta atual, a maior da América Latina este ano.

Fonte/Reprodução Sabesp
Fonte/Reprodução Sabesp
  • Fontes familiarizadas com o assunto, mostraram o forte interesse dos investidores em adquirir mais de R$ 30 milhões em ações da Sabesp
  • Prevê-se que os investidores adquiram coletivamente uma participação de 17% na empresa
  • A Equatorial (EQTL3), no entanto, foi a única a oferecer na semana passada R$ 6,9 bilhões, correspondendo a R$ 67 por ação

Investidores mostraram um forte interesse em adquirir mais de R$ 30 bilhões em ações da Sabesp (SBSP3). O que ultrapassa significativamente a disponibilidade atual. Isto, em uma potencial transação que pode se tornar a maior oferta da América Latina neste ano, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto consultadas pela Bloomberg News.

Prevê-se, portanto, que os investidores adquiram coletivamente uma participação de 17% na empresa. Eles já iniciaram o envio de propostas e estão “competindo” por uma fatia estimada em cerca de R$ 8 bilhões na companhia.

A Equatorial (EQTL3) foi a única a oferecer na semana passada R$ 6,9 bilhões, correspondendo a R$ 67 por ação, para adquirir uma participação de 15% destinada a investidores estratégicos, posicionando-se para se tornar acionista majoritária da Sabesp.

Outros investidores podem, contudo, apresentar ofertas neste preço ou abaixo dele. Com base na forte demanda, é altamente provável que os investidores concluam a transação ao preço proposto pela Equatorial.

Após a conclusão da transação, o governo do estado de São Paulo planeja vender uma participação combinada de 32%, efetivamente transferindo o controle da empresa.

A Sabesp e o governo do estado de São Paulo, portanto, não emitiram comentários a respeito.

Começa reserva de ações da Sabesp, em privatização

O período de reserva termina no dia 15 de julho, a fixação do preço por ação acontecerá no dia 18 de julho.

A Sabesp anunciou que o período de reserva de suas ações de privatização, começou nesta segunda-feira (01), irá até o dia 15 de julho e a liquidação da oferta será no dia 22 de julho.

Durante este tempo, investidores interessados podem apresentar seus pedidos para adquirirem ações que hoje estão em posse do governo do estado de São Paulo. Para comprar as ações da companhia na oferta de privatização, realizando um pedido de investimento na corretora ou no banco e indicando a quantidade de papéis que desejam comprar. A aplicação mínima é de R$ 100 e a máxima, de R$ 1 milhão.

De acordo com as informações, uma outra opção é investir por meio de fundos disponíveis em algumas corretoras e bancos, chamados de Fundos FIA-Sabesp. Nesse caso, a aplicação mínima é de R$ 1 e a máxima, de R$ 1 milhão, mas eles cobram uma taxa de administração.

A Sabesp informou que na privatização, o governo, que atualmente tem 50,3% das ações da companhia, irá vender até 32% do capital.

O governo irá ofertar 17% das suas ações a empresas, funcionários e investidores pessoas físicas. A perspectiva era que a privatização movimentasse mais de R$ 15 bilhões.

Governo paulista busca compradores para ações da Sabesp

O governador do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, iniciou nesta segunda-feira (24), nos Estados Unidos, uma série de encontros com representantes de empresas privadas e de fundos de investimentos para apresentar o modelo da oferta pública de ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

Acomitiva que acompanha o governador é formada pelos secretários de Parcerias e Investimentos, Rafael Benini, de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, e Comunicações, Lais Vita, e cumprirá compromissos em Nova York Iorque e Boston. O grupo irá também ao Reino Unido e a Portugal, na busca de interessados na compra de ações da companhia. 

O governo do estado de São Paulo abriu, na noite de sexta-feira, a oferta pública de ações da companhia de saneamento, última etapa da privatização da empresa. No início do mês, o governo paulista anunciou, contudo, que ficará com 18,3% das ações da companhia. Atualmente, o estado detém 50,3% dos papeis; o restante está na posse de empresas ou pessoas físicas.