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Eletrobras não será privatizada; CEO renuncia ao cargo

Após a saída do CEO Wilson Ferreira Júnior, cai as expectativas para a privatização da Eletrobras. Confira os detalhes.

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Nomeado CEO da Eletrobras (ELET3) ainda no Governo Temer para reestruturar e levar a companhia à privatização, Wilson Ferreira Júnior renunciou ao cargo. Dessa forma, a saída reduz ainda mais as chances do atual governo privatizar uma das maiores estatais do Brasil.

Rodrigo Pacheco – favorito a levar a presidência do Senado – afirmou ser favorável a privatização. Entretanto, afirmou também que não a enxerga como prioridade no momento. Além disso, adotou uma linguagem populista ao alertar a privatização como um “entreguismo sem critério”, como bem diz o Brazil Journal.

“Episódios recentes da vida nacional demonstram que a iniciativa privada é muito boa, mas por vezes não tem compromisso social que o setor público tem.”

disse Rodrigo Pacheco.

Após quatro anos na posição de CEO da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior pôs a companhia na direção correta, e por isso sua saída põe em xeque a privatização. Foram inúmeras distribuidoras de energias deficitárias vendidas e redução no número gigantesco de 178 sociedades de propósito específico (SPEs).

Além disso, vale dizer, batendo de frente com sindicatos e resistindo à pressão política. Wilson também implantou o SAP no turnaround da Eletrobras e fez diversos planos de demissão voluntária. Dessa forma, economizando centenas de milhões de reais por ano.

Recomendação para Eletrobras

“Embora consideremos isso com cautela, dado o ambiente eleitoral (previsto para fevereiro), não está claro se o Sr. Pacheco mudará sua posição atual”

afirma a Ágora.

De acordo com Francisco Navarrete Ricardo, que assina o relatório, há possibilidade da votação para privatização ocorrer apenas no segunda semestre de 2021. Dessa forma, o cenário ,na visão do analista, é negativo. Conforme nos aproximamos de 2022, o foco dos políticos vai mudando para as eleições, deixando de lado temas mais polêmicos como, por exemplo, a privatização.

Assim sendo, a Ágora baixou sua recomendação para neutro e pôs preço-alvo para a Eletrobras em R$ 39 (ELET3) e R$ 41 (ELET6).

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