- Em junho, a PRIO (PRIO3) atingiu uma produção média de 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd)
- Assim, refletindo uma leve diminuição de 0,5% em relação ao mês de maio
- No campo de Frade, a produção totalizou 46 mil boepd em junho, marcando uma queda de 1% comparado ao mês anterior
Em junho de 2024, a PRIO (PRIO3) atingiu uma produção média de 88,2 mil barris de óleo equivalente por dia (boepd), refletindo uma leve diminuição de 0,5% em relação ao mês de maio. Essa variação, embora pequena, é significativa no contexto das operações da empresa e do mercado de petróleo.
No campo de Frade, a produção totalizou 46 mil boepd em junho, marcando uma queda de 1% comparado ao mês anterior. A paralisação do poço ODP3 ocorrida em maio, que aguarda aprovação do Ibama para retomar as atividades, causou esse declínio.
Já no campo de Polvo & Tubarão Martelo, a produção registrou 14 mil boepd, uma redução de 7% devido à interrupção da produção no poço TBMT-10H. Este poço está atualmente sob investigação para uma possível retomada da produção. Além disso, o campo continua a sofrer os impactos da paralisação da produção no poço TBMT-8H, ocorrida em maio, que também está pendente de aprovação do Ibama.
Essas variações na produção refletem os desafios operacionais enfrentados pela PRIO, incluindo questões regulatórias e técnicas. No entanto, a empresa continua a monitorar de perto suas operações e a buscar soluções para minimizar interrupções e otimizar a produção.
No trimestre, Albacora registrou um crescimento significativo de 5,9% em relação ao trimestre anterior. A produção no campo de Frade também apresentou um aumento de 1,7%, impulsionado principalmente pelo forte desempenho em abril, apesar das interrupções ocorridas em maio e junho, conforme explicado pelo JPMorgan. Em contraste, a produção nos campos de Polvo e Tubarão Martelo caiu 4,6% devido aos motivos já mencionados.
Estimativa
Em relação à estimativa da JPMorgan de 86,9 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), a produção consolidada superou as expectativas em 3,4%, impulsionada pelo desempenho melhor do que o esperado em Frade e Albacora. Esse resultado levou o banco americano a prever uma reação neutra do mercado diante desses números.
O Itaú BBA também antecipa uma reação neutra, alinhada com as expectativas do mercado em relação aos dados de produção da ANP. Destaca-se o aumento significativo da produção em Albacora Leste, que conseguiu compensar parcialmente a menor produção de outros campos ao longo do mês.
Por outro lado, o Goldman Sachs expressou preocupações com a falta de visibilidade sobre o retorno das operações normais do Ibama, o que representa potenciais riscos de queda em suas estimativas de produção para os próximos trimestres. Apesar disso, o banco mantém uma recomendação de compra e continua a preferir a PRIO entre suas coberturas no setor de energia. Ainda, embora espere um momentum fraco até que o Ibama normalize suas atividades.
Tanto o Itaú BBA quanto a JPMorgan reiteraram suas recomendações de compra, com preços-alvo de R$ 61 e R$ 65, respectivamente.
A empresa
A PRIO é uma empresa portuguesa especializada na produção e distribuição de produtos petrolíferos. Ela atua principalmente na refinação de petróleo, produção de biocombustíveis e comercialização de diversos produtos derivados do petróleo. A empresa também está envolvida em iniciativas de energia renovável, como a produção de biodiesel e etanol, buscando diversificar suas operações e contribuir para um futuro mais sustentável.