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Reforma da Previdência será aprovada em até 90 dias

Foto/Reprodução GDI
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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse hoje (23), que a reforma da Previdência deverá ser aprovada dentro de 60 a 90 dias, pelo Congresso Nacional. Então o ministro ressaltou que está otimista quanto a uma tramitação rápida das novas normas que vão alterar o sistema de aposentadoria no país.

“Acho que 60 a 90 dias isso [reforma da Previdência]. Está passando e nós vamos entrar em uma agenda extraordinariamente positiva”. Assim disse em evento da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo, na capital paulista.

“O que eu sinto lá [no Congresso Nacional] é que está havendo enorme colaboração. [Sinto] o senso da classe política de que isso é uma missão importante, uma tarefa importante, e que eles vão estar à altura da responsabilidade que o momento exige. Essa é minha sensação”, acrescentou.

De acordo com Guedes, a rapidez na aprovação deve ocorrer. Pois o Senado já está acompanhando o assunto em uma comissão paralela. Assim segundo o ministro, evitará o alongamento do prazo para a votação depois de aprovada na Câmara dos Deputados.

Reforma da Previdência será aprovada em até dias de acordo com guedes

“O Senado montou imediatamente uma comissão para acompanhar junto, para justamente não perder mais seis meses. A aprovação deve ser relativamente rápida, ao contrário desse pessimismo geral que está por aí. Eu acredito que nós vamos ter uma reforma interessante”, disse.

Agenda positiva pós Reforma da Previdência

O ministro da economia voltou a dizer:

“Assim que se a reforma da Previdência for aprovada, o país entrará em um período com uma agenda “extraordinariamente positiva”.

De acordo com Guedes, a primeira ação será o “choque da energia barata”. Que visará a redução do preço do gás. Então para isso o governo irá quebrar o monopólio da Petrobras, na exploração do combustível, e das empresas estaduais, na distribuição.

“Esse choque da energia barata vem da quebra de dois monopólios. Primeiro da Petrobras, que hoje queima o gás. Vamos viabilizar dutos para trazer o gás e permitir uma reindustrialização do país”, disse. “E, depois [a quebra] da distribuição. As distribuidoras dos estados têm esse monopólio, e nós queremos a competição”, acrescentou.

Novos investimentos

De acordo com Guedes, a companhia Vale do Rio do Doce informou que pretende investir US$ 20 bilhões nos próximos 10 anos no Rio de Janeiro para instalar dutos de transporte do gás.

“Eles vão colocar os dutos, trazer essa energia barata, botar uma planta de um material que é mais resistente que o aço e mais leve, e vão exportar, em vez de minério a 17 dólares, vão exportar esse novo material a 170 dólares. Então o Rio de Janeiro, de repente, vai virar o Texas”, destacou.

Fiesp

Mais cedo, Guedes esteve na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Então onde almoçou com o presidente da entidade, Paulo Skaf, e 28 empresários, acionistas de grandes grupos empresariais, diretores da entidade e presidentes de associações. 

Reforma da Previdência será aprovada em até dias

Segundo Skaf, durante o almoço, o ministro tratou principalmente das reformas tributária e da Previdência.

“Foi uma conversa muito objetiva, muito tranquila. O foco principal, como já era esperado, era uma agenda . E que sabemos que é antiga e que precisa ser eliminada. Assim para entrarmos com uma agenda nova no país. Então que é a reforma da Previdência e a reforma tributária. Então falamos bastante sobre as duas reformas e depois falamos sobre os passos seguintes no sentido de busca de competitividade do país, no sentido de retomada de crescimento e do emprego”, disse.

Otimismo e previsão de economia após Reforma da Previdência

O presidente da Fiesp disse que Guedes está bastante otimista de que as reformas serão aprovadas e terão um impacto fiscal em torno de R$ 1 trilhão, gerando “uma economia de R$ 100 bilhões por ano, o que praticamente zeraria o déficit primário”. Segundo Skaf, a reforma da Previdência deve ser aprovada ainda este semestre na Câmara dos Deputados.

Para Skaf, há um clima bom no Congresso para a aprovação da reforma.

“Essa é uma sensação minha. Assim no governo passado, quando ela foi discutida, nessa altura não tinha mais do que três dezenas de deputados que claramente falavam que estavam de acordo e iriam votar a favor. Hoje você tem duas centenas. É um outro momento, um outro clima. O Brasil não tem outra alternativa”, disse.

A taxa básica de juros da economia – a Selic – também foi um dos temas do almoço. “O ministro reiterou sobre a independência do Banco Central. Então ele deixou muito claro que não vai chegar e falar para o Banco Central reduzir a Selic, mas se perguntarem a minha opinião, se poderia reduzir a taxa Selic no Brasil, eu vejo que sim, que não haveria qualquer problema dela ser 5,5% em vez de 6,5%”.

Fonte: Agência Brasil