Criptomoedas

Relatório Cripto: Auditoria da Binance deu ruim; Haddad é crítico do Bitcoin? 13% dos EUA possui criptomoedas; Faraó dos bitcoins em presídio de segurança máxima e Sheik processado nos EUA;

Foto/Reprodução GDI
Foto/Reprodução GDI

Essa semana foi marcada pelas empresas de auditoria de exchanges e outras plataformas de criptomoedas simplesmente renunciando a seus serviços.

Além disso, o Faraó e o Sheik dos Bitcoins estão cada dia em situações mais complicados aqui no Brasil. E você sabe qual é a postura do nosso futuro ministro da Fazendo referente as criptomoedas? Deixa eu te adiantar, não é muito boa!

Veja nosso relatório cripto na íntegra abaixo, que essa semana saiu um pouco atrasado, mas não deixou de ser feito!

Bolsonaro tem até o dia 21 para sancionar ou vetar o PL das criptomoedas

Termina no dia 21 deste mês o prazo para Bolsonaro sancionar ou vetar o projeto de lei 4.401/2021, que regulamenta o mercado de criptomoedas no país.

A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados no final de novembro.

A legislação traz novas regras para prestadoras de serviços de ativos virtuais, transparência nas transações com criptomoedas, mais segurança e proteção para o usuário e apoia na prevenção e combate a crimes financeiros.

Além disso, o Poder Executivo ainda precisa definir qual órgão vai regular e fiscalizar o setor.

Futuro Ministro da Fazenda é crítico do Bitcoin

Um novo governo está para iniciar, e com ele, novas políticas e novos pensamentos. E conforme as mais recentes manifestações de Haddad sobre o Bitcoin, sua posição em relação a criptomoedas não é muito bom.

Em uma sabatina realizada na Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) em agosto deste ano, por exemplo, Haddad, que disputava o governo de São Paulo, declarou discordar do experimento, sob o argumento de que adoção do BTC como moeda legal ainda “vai dar muita confusão e causar muito problema.”

A desregulamentação seria um ponto chave:

“Os anos 1990 culminaram com a desregulamentação dos mercados financeiros. Na época, eu escrevi um artigo falando que aquilo ia gerar a maior crise financeira da história contemporânea. Dez anos depois, explodiu a crise de 2008. Por causa da desregulamentação financeira. Isso aí você está mexendo com fogo”.

Sem citar diretamente o Bitcon em sua crítica, com o teor da mensagem, supõe-se que o futuro Ministro da Fazenda acredita que a principal criptomoeda do mundo constitui uma ameaça à soberania financeira dos estados nacionais.

Contudo, como uma alternativa ao Bitcoin, Haddad mostrou-se favorável à criação de uma moeda única sul-americana em um artigo publicado na Folha de São Paulo em 1º de abril. A proposta se opõe diametralmente à descentralização monetária proposta pelo Bitcoin.

Enquanto o Bitcoin busca a descentralização do poder, uma moeda única sul-americana, seria a centralização do poder, garantindo a uma instituição financeira supra-nacional o controle da política monetária, assim como acontece na Europa.

Assim, com esse perfil, vale a pena ficar atento à postura do Ministério da Fazenda e do novo governo em relação ao Bitcoin e às criptomoedas de forma geral.

Não é só Haddad: Deputado do PT diz que criptomoedas estão ‘falindo’ e Brasil deveria bani-las

Ao que parece, não é só o futuro ministro da Fazenda que é crítico das criptomoedas. Em Minas Gerais, um deputador estadual pelo PT diz acreditar que as criptomoedas estão falindo e que devem ter seu uso cerceado.

Para o deputado estadual Virgílio Guimarães, o mundo assiste à falência das criptomoedas, um setor da economia que deve ser melhor vigiado com o início de um novo governo no Brasil e ainda de acordo com ele, o Brasil deve adotar uma postura similar a da China.

“Mais do que isso, eu acredito muito no avanço de nossa tecnologia. Vamos cercear os aspectos de utilização econômica para a prática dos crimes. Nós temos condições de caminhar rapidamente para uma formalização da economia, quem sabe ainda no nosso horizonte visível de curto prazo. Assim como estamos assistindo à falência das criptomoedas, veremos finalmente o império, como está já próximo, em alguns países do mundo como a China e outros, de ter a formalização total da economia, e de por fim às moedas estrangeiras, às criptomoedas e aos pagamentos informais.”

A fala ocorreu durante a despedida do mandato do deputado em Plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, na terça-feira (13).

Nos Estados Unidos, 13% da população já possui criptomoedas

Enquanto aqui, políticos buscam barrar o avanço das criptomoedas, no outro lado do continente, 43 milhões de pessoas ou 13% da população dos EUA possui criptomoedas, segundo o que revelou uma pesquisa do JPMorgan Chase.

Os dados da pesquisa do JPMorgan foram levantados a partir de uma análise das transferências de contas correntes de uma amostra de mais de 5 milhões de clientes.

Descobriu-se que 600.000 clientes neste grupo transferiram dinheiro para contas pessoais em plataformas de negociação de criptomoedas em algum momento durante o período de 2020 a 2022.

Esse número aumentou drasticamente desde 2020, quando o número era de apenas cerca de 3%, aponta o relatório.

Faraó dos bitcoins será transferido para presídio de segurança máxima

Glaidson Acácio dos Santos, o Faraó dos bitcoins, deve ser transferido em breve para um presídio de segurança máxima, de acordo uma reportagem do Fantástico no último domingo (12).

A repercussão do caso ocorre dias após o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Gaeco, realizar novas operações contra a estrutura criminosa criada por Glaidson.

Segundo a acusação, ele contratou pistoleiros para eliminar concorrentes. Além disso, tinha uma organização de espionagem em seus alvos, além de contratar operações policiais contra empresas em Cabo Frio (RJ).

Com todo o episódio de violência associado ao Faraó, ele teve novo pedido de prisão expedido pela justiça. Assim, mesmo sem condenação ainda, o suspeito segue tratado como uma pessoa perigosa, e podendo chegar em um presídio de segurança máxima no Brasil.

CVM dos EUA processa o Sheik dos bitcoins por pirâmides financeiras

A CVM dos Estados Unidos, SEC, iniciou um processo contra o brasileiro Francisley Valdevino da Silva, o Sheik dos bitcoins, pelos seus crimes de pirâmides financeiras no país.

Cúmplices do brasileiro estão morando nos Estados Unidos e as investigações acreditam que eles eram os líderes do golpe nos locais, onde captavam vítimas para as pirâmides de investimentos.

A empresa Forcount Trader Systems, liderada pelo Sheik dos bitcoins, é suspeita de causar um prejuízo de US$ 8,4 milhões em investidores do país.

As promessas de ganhos da empresa eram justificadas por supostas operações de trade e mineração, que não existiam de verdade.

Dono da Atlas Quantum tentou comprar empresa do Sheik dos Bitcoins

O dono da Atlas Quantum, Rodrigo Marques, queria comprar a Rental Coins, pirâmide do Sheik dos bitcoins.

O contrato de intenção de compra acabou vazado ao Livecoins, mostrando que Rodrigo Marques (RM) fez uma oferta em bitcoin pela aquisição da pirâmide.

O contrato, assinado entre as partes em fevereiro de 2020, mostra que Rodrigo Marques utilizou sua empresa do Uruguai para despistar a aquisição, a Godsuar SA e comprar a Rental Coins do Sheik por 1.032 Bitcoins.

Na época, o bitcoin estava avaliado em US$ 9.613,00, ou seja, mais de R$ 41,9 milhões na ocasião.

Real digital pode ser lançado em definitivo em 2024

De acordo com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, o Real digital está com lançamento previsto para o ano de 2024. Além disso, Campos Neto afirmou também que chegará ao mercado em breve uma carteira digital inteligente.

Em um evento organizado pelo Poder 360 e pelo PicPay na última terça-feira (13), o presidente do BC esclareceu que o aplicativo terá suporte ao Real Digital, como também terá integração os dados financeiros dos usuários e oferecerá serviços como Pix, débito, crédito, investimentos e seguros, por exemplo.

Por meio do app será possível também alternar entre o real digital e a moeda física de forma automática.

Um piloto do real digital será lançado já no ano que vem, com a participação de algumas instituições. E no ano seguinte, 2024, a CBDC deve chegar aos consumidores.

Microsoft proíbe uso de seus servidores para mineração de criptomoedas

De acordo com a empresa, a medida vale tanto para o Windows quanto para a plataforma Azure.

Esta proibição consta na nova atualização Termos de Licença Universais para Serviços Online da empresa segundo sites especializados, que entrou em vigor no dia 1 de dezembro. De acordo com o texto, os usuários não poderão utilizar livremente os serviços de nuvem para minerar criptomoeda.

Mais especificamente, o trecho encontra-se no campo Política de Uso Aceitável Atualizada dos termos. E diz que “a mineração de criptomoeda é proibida sem a aprovação prévia da Microsoft”.

MetaMask faz acordo com PayPal para permitir compras de criptomoedas nos EUA

MetaMask oficializou um acordo com o PaPal para realizar visando permitir a compra de criptomoedas para seus usuários dos EUA.

A empresa já planeja lançar o novo recurso durante as próximas semanas, liberando o serviço gradativamente através do aplicativo móvel da carteira de criptomoedas.

No entanto, por enquanto apenas será possível comprar Ethereum (ETH) durante os testes iniciais desta nova integração.

Apple finalmente liberará instalação de apps criptos e de NFTs externos ao App Store

Apple finalmente irá afrouxar sua política controladora e deverá “abrir suas portas” para aplicativos de criptomoedas.

Ao que tudo indica, a liberação deverá incluir Apps de pagamentos e de tokens não fungíveis (NFTs), externos.

A liberação deve acontecer por imposição de leis europeias que visam combater o desequilíbrio no mercado causado pela vantagem das grandes empresas de tecnologia sobre os concorrentes, o que determina maior abertura a partir de 2024.

Assim, a liberação dos apps deverá ocorrer a princípio no Velho Continente, e poderá se expandir a outros territórios em caso de adoção de legislação semelhante.

Exchange descentralizada baseada na rede Solana é hackeada

A exchange Raydium, baseada em Solana, sofreu um ataque hacker de cerca de US$ 2 milhões.

Por volta das 14h UTC (11h horário de brasília), do dia 16 de dezembro, uma conta de administrador da Raydium publicou quase 1.000 transações na rede Solana.

As transações removiam a liquidez das pools da exchange, apoderando-se efetivamente dos fundos dos usuários.

Uma variedade de tokens foram obtidos na invasão, incluindo US Dollar Coin (USDC), Wrapped SOL (wSOL), Raydium e outros.

A Nansen Portfolio, uma empresa de análise cripto, confirmou que o invasor drenou mais de US$ 2,2 milhões da exchange.

Empresa de auditória retira relatórios feitos para Binance e outras exchanges

Dois dos auditores mais famosos do mercado, simplesmente abandonaram seus serviços de auditoria de criptomoedas, deixando as exchanges em um momento crucial.

O site oficial da empresa Mazars Group, por exemplo, não consta mais com a seção chamada Mazars Veritas, que era dedicada a auditorias de criptos.

A empresa trabalhou com várias das exchanges de criptomoedas, incluindo Binance, KuCoin e Crypto.com.

A Binance confirmou que a empresa indicou que está pausando temporariamente seu trabalho com todos os seus clientes cripto globalmente.

Outra empresa que também está pausando suas atividades relacionadas a criptomoedas é a Armanino, que trabalhou com várias plataformas cripto, como OKX, Gate.io e a exchange quebrada FTX.

A Binance informou que já está em busca de uma nova empresa de auditoria.

Fernando Américo
Fernando Américo

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.

Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvolvedor Web CMS com Wordpress e busco me especializar como fullstack com Nodejs e ReactJS, além de seguir estudando e investindo em ativos digitais.