A temporada de resultados é um período importante para as empresas de capital aberto, no qual elas divulgam seus desempenhos financeiros referentes a um determinado período, geralmente trimestral. Esses resultados fornecem informações valiosas sobre a saúde financeira, a capacidade de geração de lucros e o crescimento das empresas. Neste resumo de resultados, analisaremos o desempenho de algumas empresas brasileiras no primeiro trimestre de 2023 (1T23), destacando seus lucros e desafios enfrentados durante esse período.
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Randoncorp (RAPT4):
A Randoncorp registrou um lucro líquido consolidado de R$ 122,1 milhões no 1T23, apresentando uma leve queda de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. A empresa atribui essa queda às despesas financeiras, que aumentaram devido à atual taxa de juros. No entanto, o Ebitda consolidado apresentou um crescimento de 10,2%, totalizando R$ 442,16 milhões, impulsionado por bons níveis de preços, redução de custos de matéria-prima e ganhos com eficiência operacional.
Grupo Mateus (GMAT3):
O Grupo Mateus teve um desempenho sólido no 1T23, registrando um lucro líquido de R$ 240 milhões, representando um crescimento de 20,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda também apresentou um crescimento expressivo de 36,1%, atingindo a marca de R$ 411 milhões. Esse resultado reflete a capacidade da empresa em impulsionar seus negócios e expandir sua atuação no mercado.
Boa Vista (BOAS3):
A Boa Vista, empresa de informações de crédito, enfrentou um cenário desafiador no 1T23, registrando um lucro líquido de R$ 39,4 milhões, uma queda de 23,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O Ebitda também apresentou uma redução de 30,5%, totalizando R$ 68,5 milhões. Esses resultados foram influenciados por diversos fatores, incluindo a queda na margem Ebitda, que registrou uma diminuição de 14,6 pontos percentuais.
Lavvi (LAVV3):
A Lavvi, empresa do ramo imobiliário, registrou um lucro líquido de R$ 25,6 milhões no 1T23, apresentando um aumento de 21% em relação ao mesmo período de 2022. Além disso, o Ebitda ajustado teve um salto expressivo de 119%, atingindo R$ 29,25 milhões. Esses resultados demonstram o bom desempenho da empresa no setor de incorporação e construção de empreendimentos residenciais.
Tupy (TUPY3):
A Tupy, especializada em fundição de peças automotivas, obteve um aumento significativo de 96% no lucro líquido do 1T23 em comparação ao mesmo período do ano anterior. O valor subiu de R$ 74 milhões para R$ 145 milhões. O desempenho positivo foi impulsionado pelo crescimento do resultado operacional e pelos efeitos cambiais sobre a base tributária. No entanto, o Ebitda ajustado apresentou um crescimento mais modesto de 1%, totalizando R$ 315 milhões, o que resultou em uma queda de 2,1 pontos percentuais na margem Ebitda ajustada, chegando a 11,2%.
Panvel (PNVL3):
A Panvel, varejista farmacêutica, registrou uma queda de 11,5% no lucro líquido ajustado no 1T23 em comparação ao mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 22,6 milhões. A empresa destacou que, apesar do forte resultado operacional do trimestre, houve impactos negativos das despesas com juros, depreciação e IR/CSLL. Sem ajustes, o lucro foi de R$ 20,3 milhões, representando uma redução de 16,8% na base anual de comparação.
Enauta (ENAT3):
A petroleira Enauta reverteu o prejuízo de R$ 98,2 milhões registrado no 1T22 e alcançou um lucro líquido de R$ 118,4 milhões no 1T23. No entanto, a receita líquida apresentou uma queda de 29,2%, totalizando R$ 445,7 milhões. O Ebitdax, que considera as despesas de exploração com poços secos ou subcomerciais, também registrou uma diminuição de 21,3%, atingindo R$ 340,9 milhões. Apesar disso, a margem Ebitdax teve um avanço de 7,7 pontos percentuais, alcançando 76,5%.
Alupar (ALUP11):
A Alupar, empresa do setor de transmissão e geração de energia, registrou um lucro líquido regulatório de R$ 144,1 milhões no 1T23, apresentando uma queda de 13,6% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo o superintendente de relações com investidores da companhia, Luiz Coimbra, dois fatores contribuíram para o recuo do resultado líquido, porém detalhes adicionais não foram fornecidos.
Log-In Logística (LOGN3):
A Log-In Logística teve um desempenho desafiador no 1T23, com um lucro líquido de R$ 38,4 milhões, representando uma redução de 36% em comparação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, o lucro bruto apresentou um aumento expressivo de 45%, atingindo R$ 151,8 milhões. Esses resultados destacam a complexidade do setor logístico e as dificuldades enfrentadas pela empresa durante o trimestre.
Rossi Residencial (RSID3):
A Rossi Residencial, em recuperação judicial, registrou uma redução significativa de 65,3% no prejuízo líquido no 1T23 em comparação ao mesmo período do ano anterior, passando de R$ 141 milhões para R$ 48 milhões. O Ebitda ajustado também mostrou melhora, apresentando um valor negativo de R$ 23,8 milhões, uma melhoria de 77,2% em relação ao ano anterior. Esses resultados indicam um progresso no processo de reestruturação da empresa.
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