Risco-país em queda

Risco-país da Argentina atinge menor nível desde 2018

O índice de risco-país caiu para o menor nível desde 2018, impulsionado pelas reformas austeras de Javier Milei e expectativas de recuperação econômica

Risco-país da Argentina atinge menor nível desde 2018

O índice de risco-país da Argentina, medido pelo JP Morgan, registrou queda significativa nesta terça-feira (7), atingindo 454 pontos, o menor valor desde maio de 2018. Esse indicador, que reflete o grau de risco percebido por investidores, diminuiu mais de 100 pontos-base, sinalizando um otimismo crescente em relação à economia argentina.

O risco-país, que compara os rendimentos dos títulos argentinos com a dívida dos Estados Unidos, tem sido um termômetro importante da confiança dos investidores. A queda do índice é reflexo das rigorosas reformas implementadas pelo presidente Javier Milei, que incluem cortes de gastos públicos e a liberalização da economia. Segundo o FMI, a Argentina deverá encerrar 2024 com uma queda de 3,5% no PIB, mas projeta-se um crescimento de 5% para 2025, alimentando as expectativas de recuperação econômica.

O país também registra avanços em outras áreas, como o saldo comercial, que completou o décimo segundo superávit consecutivo em novembro, e a melhoria das reservas internacionais. Além disso, a Argentina firmou um acordo de recompra de US$1 bilhão com cinco bancos estrangeiros e está negociando uma nova reestruturação da dívida de US$44 bilhões com o FMI, fatores que contribuíram para a redução do risco-país.

Entretanto, as medidas de austeridade não foram isentas de controvérsias. De acordo com reportagem publicada pelo portal G1, A pobreza aumentou de 41,7% para 52,9% da população, enquanto a inflação, embora em desaceleração, ainda atinge 166% ao ano. Apesar disso, a popularidade de Milei permanece alta, com muitos argentinos acreditando que as reformas são necessárias para a recuperação do país.