O Rio de Janeiro enfrentou um fim de semana caótico devido a fortes chuvas que atingiram a zona norte da cidade e municípios da região metropolitana. O Corpo de Bombeiros confirmou pelo menos 11 mortes até o momento, com uma pessoa desaparecida. O órgão atendeu a cerca de 230 ocorrências relacionadas às chuvas, incluindo resgates.
Impactos na Infraestrutura e Mortes Confirmadas
Além das tragédias humanas, as chuvas impactaram sistemas de transporte público, energia elétrica e até mesmo um hospital. Assim, o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, ficou sem energia elétrica devido à inundação em seu subsolo. Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, decretaram estado de emergência devido aos estragos causados.
Desdobramentos nas Estradas e Transporte Público
As chuvas geraram alagamentos que interromperam o trânsito em partes da cidade, incluindo a avenida Brasil. A estação de trens Oswaldo Cruz foi temporariamente fechada, assim como estações do metrô, impactando o transporte público. A BR-040 (Washington Luís) também foi afetada, com uma inundação interrompendo o tráfego na via que liga os estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Diante da situação crítica, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, decretou situação de emergência na cidade. Em comunicado, ele pediu que a população, especialmente na zona norte, evitasse sair de casa. Nesse ínterim, o monitoramento de riscos do Centro de Operações Rio atingiu o estágio 4, de uma escala até 5, indicando a necessidade de evitar deslocamentos e permanecer em locais seguros.
Mobilização e Apoio Federal
O presidente Lula conversou por telefone com Paes e o prefeito de Belford Roxo, Wagner Carneiro, garantindo apoio federal. A Defesa Civil Nacional está pronta para enviar uma equipe e auxiliar nos procedimentos necessários para a solicitação de recursos federais. Assim, o governador Cláudio Castro, que estava de férias, coordenou ações à distância e decidiu retornar ao Rio após a confirmação de 11 mortes.
Dessa forma, os impactos das chuvas levaram ao cancelamento de ensaios técnicos de carnaval agendados para este domingo. Afinal, o governador Cláudio Castro expressou solidariedade às famílias afetadas e destacou a necessidade de união diante da situação. Portanto, o retorno do governador ao Rio visa coordenar as ações emergenciais em resposta às intensas chuvas que atingiram a região.
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Desastres Naturais em 2023 causam prejuízos de R$ 1,2 trilhão
O ano de 2023 foi marcado pela persistente e impactante ocorrência de desastres naturais, resultando em significativos prejuízos econômicos. Segundo a análise anual da Munich Re, a principal empresa de resseguros global, os países enfrentaram custos estimados em torno de US$ 250 bilhões, equivalente a aproximadamente R$ 1,217 trilhão na conversão.
Estabilidade nos Prejuízos, Variação nos Seguros e Aumento de Vítimas
Surpreendentemente, o montante de prejuízos causados por desastres naturais permaneceu praticamente equivalente ao registrado em 2022. Contudo, observou-se uma redução no valor total segurado, enquanto o número de vítimas aumentou consideravelmente.
Segundo a Munich Re, os prejuízos resultantes de tragédias climáticas, cobertos por apólices de seguro, declinaram de US$ 125 bilhões em 2022 para US$ 95 bilhões no ano passado. Este declínio contrastou com o aumento expressivo no número de vítimas afetadas pelos desastres naturais.
Impacto das Tempestades Regionais Severas
O levantamento enfatiza que os maiores danos foram por conta do considerável número de tempestades regionais severas. Então, esses eventos climáticos extremos contribuíram significativamente para os prejuízos econômicos globais.
A estabilidade nos prejuízos, aliada à diminuição nos valores segurados, levanta questões sobre a resiliência e eficácia dos sistemas de seguro em face de eventos climáticos extremos. Afinal, o aumento nas vítimas destaca a urgência de medidas de preparação e adaptação para enfrentar os desafios iminentes relacionados às mudanças climáticas.
Perspectivas para a Mitigação de Riscos
Diante dos desafios apresentados pelos desastres naturais, a necessidade de estratégias de mitigação de riscos torna-se cada vez mais evidente. Investimentos em infraestrutura resiliente, tecnologias de alerta precoce e prontidão comunitária emergem como componentes essenciais para enfrentar os impactos crescentes dos eventos climáticos extremos.
Dessa forma, o estudo da Munich Re oferece uma visão abrangente dos impactos econômicos dos desastres naturais em 2023, destacando a importância de abordagens abrangentes na gestão de riscos e na construção de resiliência diante das complexidades do clima global.