A aguardada segunda temporada de Round 6, a série de maior sucesso da Netflix, retorna explorando novos dramas contemporâneos da sociedade sul-coreana, com destaque para as perdas causadas por investimentos fracassados em criptomoedas. A trama gira em torno de quatro personagens que apostaram suas economias em uma moeda digital promovida por um influenciador digital e acabaram arruinados.
Na série, um youtuber chamado “MZ Coin”, jogador “333” no jogo, promove uma criptomoeda que acaba se mostrando fraudulenta. Dois outros competidores, que seguiram os conselhos de investimento do youtuber e perderam tudo, entram no jogo mortal impulsionados pelo desespero financeiro. A ex-namorada grávida do youtuber também se junta à competição após sofrer perdas financeiras, criando uma situação ainda mais tensa e dramática.
O diretor Hwang Dong-hyuk explicou sua visão para a temporada: “Por meio dos jogadores no jogo, eu queria perguntar: não é assim que nossa sociedade se parece agora? Essas pessoas não são exatamente quem somos?”. Ele destaca como situações que pareciam bizarras no passado se tornaram realidade nos dias de hoje.
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A narrativa fictícia de Round 6 encontra paralelos com o caso real de Do Kwon, fundador do ecossistema Terra (LUNA). O projeto de Kwon, que prometia altos retornos com baixo risco, colapsou em 2023, levando a LUNA de US$ 119 a zero e causando enormes prejuízos a investidores.
Assim como a moeda fictícia de Round 6, o ecossistema Terra Luna, com o Anchor Protocol, atraiu investidores com a promessa de rendimentos anuais de 19,5%. A stablecoin algorítmica UST perdeu sua paridade com o dólar, desencadeando o colapso da LUNA e uma onda de falências na indústria cripto.
Do Kwon, alvo de críticas e ameaças, fugiu após o colapso, mas foi preso em Montenegro em 2023 com um passaporte falso. Após uma disputa entre Estados Unidos e Coreia do Sul, ele foi extraditado para os EUA para responder a acusações criminais.
