Ações da Braskem lideram altas com expectativas de venda à Adnoc/Apollo, enquanto Vamos registra maior perda no Ibovespa.
Nesta segunda-feira, as ações da Braskem (#BRKM5) se destacaram no mercado acionário brasileiro ao liderarem as maiores altas do Ibovespa, com um impressionante avanço de 5,84%, atingindo o valor de R$ 23,21 por ação. Esse movimento foi impulsionado por rumores e expectativas de que a Petrobras estaria inclinada a aceitar uma oferta de compra pela empresa petroquímica, vinda da Adnoc/Apollo, conforme notícias divulgadas pela imprensa.
Outras ações que figuraram nas primeiras posições do ranking positivo incluíram a YDUQ (#YDUQ3), com um ganho de 4,74% e atingindo R$ 21,21 por ação, além da BRFS (#BRFS3), que registrou um aumento de 4,35%, cotada a R$ 9,35.
No entanto, o cenário não foi igualmente positivo para todas as empresas listadas no Ibovespa. A Vamos (#VAMO3) teve o desempenho mais fraco do índice, com uma queda de 5,66%, chegando a R$ 10,00 por ação. Vale mencionar que a Vamos começou a ser negociada no Ibovespa recentemente, no dia 4 de setembro, e desde então tem enfrentado dificuldades. A ação recebeu uma recomendação neutra por parte do Bank of America (BofA).
Entre as maiores baixas do índice estavam as ações da TOTS (#TOTS3), que caíram 4,10%, a R$ 28,29, e da VIAA (#VIAA3), com uma queda de 3,95%, cotada a R$ 0,73.
No setor bancário, os principais bancos encerraram o dia com resultados mistos, com destaque para o desempenho positivo das ações do Santander (#SANB11) e do Banco do Brasil (#BBAS3).
No cenário das commodities, a Vale (#VALE3) cedeu 1,18% devido à queda no preço do minério de ferro. Por outro lado, as ações da Petrobras (#PETR3 e #PETR4) registraram ganhos modestos, com alta de 1,25% e 0,71%, respectivamente.
Mercado cambial reage às medidas econômicas globais enquanto aguarda decisões de juros nos EUA e Brasil
O mercado cambial experimentou mais um dia de volatilidade nesta segunda-feira, com o dólar à vista testando o piso nos R$ 4,85 em relação a moedas de países produtores de commodities, como o real brasileiro. Esse movimento de desvalorização do dólar pode ser atribuído, em parte, aos estímulos econômicos anunciados pela China na semana anterior. A China, uma das maiores consumidoras de commodities do mundo, tomou medidas para impulsionar sua economia, o que teve um impacto positivo nas moedas desses países.
Além disso, o aumento no preço do petróleo também contribuiu para a queda do dólar, uma vez que muitos países produtores de commodities dependem das exportações de petróleo para gerar receita. O dólar é frequentemente visto como uma moeda de refúgio, e seu valor pode cair quando os investidores se sentem mais confiantes em relação à economia global.
No entanto, o movimento de baixa do dólar americano foi limitado pela cautela dos investidores em relação às próximas decisões de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. O Federal Reserve (Fed), banco central dos EUA, estava sob escrutínio, com o mercado apostando na manutenção das taxas de juros, mas atentos ao comunicado que poderia dar pistas sobre futuras ações.
No cenário brasileiro, a expectativa era de que o Comitê de Política Monetária (Copom) reduzisse a taxa Selic em 50 pontos-base, como parte dos esforços contínuos para estimular a economia local.
Além desses fatores, o euro ganhou terreno em relação ao dólar devido a rumores de que o Banco Central Europeu (BCE) estava considerando elevar as reservas compulsórias dos bancos, como uma medida adicional para conter a liquidez no mercado europeu, em resposta ao aumento da inflação.
No fechamento do mercado, o dólar à vista registrou uma queda de 0,31%, fechando em R$ 4,8561, após oscilar entre R$ 4,8418 e R$ 4,8789. O dólar futuro para outubro também apresentou recuo de 0,35%, atingindo R$ 4,8635. No cenário internacional, o índice DXY, que mede o valor do dólar em relação a uma cesta de moedas estrangeiras, caiu 0,17%, atingindo 105,146 pontos. Enquanto isso, o euro subiu 0,24%, cotado a US$ 1,0686, e a libra operou de forma estável em US$ 1,2382.