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Sabesp concluiu aprovação e formalização de "waivers"

Nesta quarta-feira (19), a Sabesp afirmou ter concluído a aprovação e formalização de "waivers" junto a credores e debenturistas

Fonte/Reprodução Sabesp
Fonte/Reprodução Sabesp

A Sabesp (SBSP3) concluiu a aprovação e formalização de “waivers” junto a credores e debenturistas.

Nesta quarta-feira (19), a Sabesp afirmou ter concluído a aprovação e formalização de “waivers” junto a credores e debenturistas, em preparação para a oferta que irá privatizar a companhia de saneamento básico do Estado de São Paulo.

De acordo com informações, a Sabesp se prepara para realizar uma oferta de ações inteiramente secundária este ano e busca um acionista de referência para deter fatia de 15% na empresa até, pelo menos, 2030, conforme prazo de “lockup” definido.

Em comunicado, foi informado que a Sabesp obteve waivers, uma renúncia da obrigação de quitar antecipadamente as dívidas, no âmbito de suas emissões de debêntures, que incluem mais de 14 mil debenturistas, bem como a bancos e agências.

O acordo entre os credores envolveu dívidas de R$ 22 bilhões e a operação com debenturistas, cujo saldo em março era de cerca de R$ 10 bilhões, resultou em uma taxa de negociação (waiver fee) de 0,10% flat.

A Sabesp informou que se prepara para realizar uma oferta de ações inteiramente secundária este ano e busca um acionista de referência para deter fatia de 15% na empresa até, pelo menos, 2030, conforme prazo de “lockup” definido.

Governo de SP ficará com 18,3% das ações da Sabesp

O governo do estado de São Paulo decidiu ficar com 18,3% das ações da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que está em processo de privatização. Atualmente, o estado paulista detém 50,3% dos papeis; o restante está nas mãos de empresas ou pessoas físicas.

Segundo o Palácio dos Bandeirantes, a venda de ações será dividida em dois grupos: o primeiro, de 15% dos papeis, será destinado a um investidor de referência – as instruções para disputar esse posto serão divulgadas nos próximos dias pela Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do estado.

Já o segundo lote, com cerca de 17% das ações, será aberto a todo o mercado, inclusive pessoas físicas, jurídicas e funcionários da companhia. De acordo com o governo, não haverá oferta primária, o que significa que apenas ações que atualmente são do Governo de São Paulo serão negociadas.

Investidor de referência

Para disputar o posto de investidor de referência, as empresas interessadas deverão aceitar as condições estabelecidas no Acordo de Investimentos, que prevê que o Conselho de Administração da Sabesp terá nove integrantes, com três indicações do governo de São Paulo, três do investidor de referência e três independentes. 

Para a indicação dos conselheiros independentes, o investidor de referência deverá propor uma lista com três indicações. O estado poderá acatar as indicações ou recusar uma e apresentar duas outras opções para escolha do investidor de referência. 

O investidor de referência deverá ainda indicar o presidente do Conselho “com apoio do governo de São Paulo” e não poderá vender suas ações até dezembro de 2029, quando está prevista a conclusão dos investimentos para universalização do saneamento no estado.

“Depois desse prazo, ele poderá negociar os papeis sob condições específicas, como vincular o comprador das ações ao Acordo de Investimentos”, diz nota explicativa do governo de SP.

De acordo com o documento, o investidor de referência ficará proibido de participar de outros projetos concorrentes com a Sabesp nos municípios paulistas por meio de outras empresas das quais seja sócio. Em outros estados, o acordo determina que a Sabesp terá prioridade para disputar quando elas envolverem municípios ou arranjos regionais com mais de 50 mil habitantes.

“Caso o investidor de referência tenha interesse em disputar alguma concessão com esse perfil, deverá primeiro consultar o Conselho de Administração. A Sabesp poderá decidir por disputar essa concessão em parceria com o investidor de referência, concorrer com investidor estratégico ou apenas liberá-lo para participar da concorrência”, diz a nota.

A oferta pública das ações, ainda sem data determinada, será conduzida pelos bancos BTG Pactual, Bank of America, Citi, UBS e Itaú BBA.