Sam Bankman-Fried deveria estar 'muito preocupado com o tempo de prisão' afirma Ex-procurador federal

O fundador e ex-CEO da FTX, Sam Bankman-Fried, deveria estar “muito preocupado com o tempo de prisão” após o colapso de seu império cripto, disse um ex-promotor federal dos EUA.

Em entrevista à CNBC, Renato Mariotti, ex-procurador federal e advogado que representou clientes em casos relacionados a negociações com derivativos financeiros, deixou claro que o caso da FTX para ele parece “um caso de fraude passível de cobrança”.

“Se eu representasse o Sr. Bankman-Fried, diria a ele que ele deveria se preocupar muito com o tempo de prisão. Que deveria ser uma preocupação primordial para ele,”

Mariotti afirmou

Segundo Mariotti, a fraude é um crime que pode colocar as pessoas na prisão perpétua. E no caso FTX, a questão central para determinar se houve fraude será se o Bankman-Fried enganou os clientes a acreditar que seus fundos estavam disponíveis, quando, na verdade, eles foram usados para outros fins, como garantia de empréstimos.

“O argumento seria que a Alameda estava enganando essas pessoas para conseguir seu dinheiro para que pudessem usá-lo para sustentar um negócio diferente”, disse Mariotti.

Ele acrescentou que os promotores podem argumentar que a FTX violou seu dever fiduciário ao usar fundos de clientes para outros fins, como assumir posições no FTT, o token da própria exchange falida FTX.

De acordo com Richard Levin, sócio do escritório de advocacia Nelson Mullins Riley & Scarborough, Bankman-Fried poderia enfrentar três ameaças legais diferentes nos EUA.

A primeira das ameaças legais de Bankman-Fried seria uma ação criminal do Departamento de Justiça dos EUA por possíveis “violações criminais de leis de valores mobiliários, leis de fraude bancária e leis de fraude eletrônica”, explicou Levin.

Em segundo lugar, Bankman-Fried também pode enfrentar uma ação de execução civil. De acordo com Levin, isso poderia, por exemplo, ser trazido por reguladores como a SEC ou CFTC, bem como por vários reguladores estaduais.

Em terceiro lugar, Levin apontou que possíveis ações coletivas também continuam sendo uma ameaça para o fundador da FTX.

Em outras palavras, “existem vários níveis de exposição potencial para […] os executivos envolvidos com a FTX”, disse Levin.