A rede de livrarias Saraiva (SLED3) comunicou aos seus acionistas na última segunda, 31, um aumento de capital, correspondente a pouco mais de R$382 mil. A companhia, que vem de um processo de recuperação judicial desde novembro de 2018, acumula uma performance nada agradável nos últimos trimestres.
Afinal, dados do segundo trimestre de 2020 mostram uma receita bruta de R$27.960 milhões, o que corresponde a uma baixa de 82,7% no comparativo anual. Em 2019, a empresa havia atingido o valor de R$161.328 milhões.
Inesperadamente, a pandemia mundial do novo coronavírus, fez com que a empresa fechasse inúmeras lojas ao redor do Brasil. Com isso, reportou um prejuízo líquido ajustado de R$66.4 milhões. O valor é ainda maior que o reportado no primeiro trimestre de R$40.9 milhões.
Além do mais, a companhia vem a três trimestres seguidos com lucro líquido negativo.
Portanto, não faltou esforços para tentar contornar toda esse situação que segue em andamento. Uma queda de 59,4% nas despesas foi registrada, totalizando o valor de R$41,1 milhões. Entre outras medidas adotadas para tentar superar tal momento, vale destacar a migração para o mercado de e-commerce e a readequação do mix de produtos.
As subscrições
Então, entre os dias 1 de julho a 28 de agosto, a Saraiva deu aos seus acionistas o direito de subscreveram ações da empresa. Ao todo, foram subscritas 7.643.170 ações a um preço de R$0,05 (cinco centavos), totalizando um aumento de R$382.158,50 no capital da empresa.
Além disso, a manhã desta quarta-feira, 2, em um comunicado ao mercado, a Saraiva informou que José Claudio Pagano reduziu sua participação na companhia. Agora, José detém 1.450.000 ações preferenciais, que representa 4,89% das ações preferenciais da empresa.
Ainda, a companhia afirmou que trata-se de um investimento minoritário que não altera a composição do controle ou a estrutura administrativa da mesma.
Por fim, o último resultado da Saraiva disponível encontra-se disponível no Guia do Investidor.