
- Exército dos EUA fecha contratos bilionários com Meta, Anduril e Rivet
- Projeto dá novo rumo ao IVAS e cria headset militar mais avançado
- Big Techs mudam postura e ampliam atuação direta em defesa e guerra
O Exército americano fechou um acordo estratégico que traz a Meta para o centro de um projeto militar inédito. A gigante da tecnologia, ao lado da Anduril e da Rivet Industries, vai ajudar a desenvolver novos óculos de combate com realidade aumentada para soldados em campo.
As empresas já divulgaram parte dos números, e os contratos movimentam centenas de milhões de dólares. Apenas a Rivet confirmou US$ 195 milhões, e a Anduril anunciou US$ 159 milhões, reforçando o peso da iniciativa no setor de defesa.
Big Tech em território militar
O projeto é uma evolução do sistema IVAS, que já consumiu US$ 20 bilhões em 10 anos e foi rebatizado como SBMC. Agora, o foco está em software modular e integração mais ágil, um avanço decisivo para uso em combate real.
A entrada da Meta marca uma mudança drástica de postura no Vale do Silício. Antes avessas a contratos militares, as gigantes da tecnologia passaram a ver no setor um novo campo de crescimento. Além disso, Andrew Bosworth, CTO da empresa, admitiu que “os ventos mudaram” e abriram espaço para parcerias assim.
Além disso, a companhia liberou o uso de seus modelos de inteligência artificial para projetos de defesa, algo que antes estava proibido. Portanto, o movimento amplia o alcance da Meta em setores estratégicos ligados à segurança nacional.
O futuro dos óculos de combate
Segundo a Anduril, o novo sistema aproveita mais de 260 mil horas de feedback de soldados e será construído em parceria com players como Oakley, Qualcomm e Gentex. Assim, a promessa é um headset mais aberto, atualizável e adaptado aos conflitos modernos.
O projeto também se beneficia do modelo de contratação acelerada dos EUA, chamado OTA, que reduz burocracias para entregar protótipos em tempo recorde. Ademais, o governo definiu o objetivo de responder às críticas sobre a lentidão na adoção de tecnologias avançadas no setor de defesa.
Com isso, a Meta entra em um jogo de escala global: transformar tecnologia de consumo em vantagem competitiva militar. Por fim, o impacto pode redefinir a forma como as Big Techs lidam com poder bélico e inovação.