- A alta de 189% no preço do cacau pressiona o custo dos ovos de Páscoa
- Fabricantes podem reduzir o impacto ao usar recheios alternativos
- O preço do chocolate subiu 11,9% em 12 meses, segundo o IPCA
A compra de ovos de Páscoa em 2025 deve pesar mais no bolso dos consumidores. O preço do cacau, principal matéria-prima do chocolate, disparou 189% nos últimos 12 meses, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentação (Abia).
Essa alta eleva o custo de produção dos fabricantes, que agora buscam estratégias para amenizar o impacto no preço final.
O aumento do preço do cacau ocorre devido à redução da oferta global. Crises climáticas e sanitárias em países da África, principais produtores da matéria-prima, prejudicaram as colheitas. O Brasil, atualmente o sétimo maior produtor mundial, não consegue suprir a demanda global, contribuindo para o aumento dos preços.
Estratégias da indústria para conter o impacto
Apesar da alta no custo do cacau, o presidente executivo da Abia, João Dornellas, afirmou que o aumento de preços para o consumidor pode não ser tão brusco. Segundo ele, a indústria busca alternativas, como a utilização de recheios à base de biscoitos e outros ingredientes. Essa estratégia reduz a quantidade de chocolate puro nos produtos e ajuda a equilibrar os preços.
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De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o preço do chocolate subiu 11,9% nos últimos 12 meses, encerrados em dezembro de 2024. Esse aumento já sinaliza o impacto da crise de oferta do cacau no mercado brasileiro.
Impactos para o consumidor
Com a Páscoa se aproximando, o consumidor deve se preparar para preços mais altos. No entanto, a oferta de produtos com recheios alternativos pode proporcionar opções mais acessíveis. Ainda assim, ovos de chocolate premium ou com maior teor de cacau provavelmente terão reajustes mais expressivos.
O cenário para o setor de chocolates segue desafiador, especialmente se a crise de oferta do cacau persistir.
A expectativa da indústria, portanto, é de que, caso as condições climáticas melhorem nos países produtores, o preço da matéria-prima se estabilize ao longo do ano. Até lá, os consumidores precisarão pesquisar e comparar preços para encontrar as melhores opções nesta Páscoa.
