- Ovos de Páscoa tiveram aumento de 9,5% em 2024, segundo a Fipe
- Preço do chocolate disparou 27% devido à escassez global de cacau
- Outros itens tradicionais da Páscoa, como peixes, também registraram alta
Com a chegada da Páscoa, os consumidores brasileiros enfrentam preços mais altos ao comprar chocolates e outros itens tradicionais.
Segundo um levantamento da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), os ovos de Páscoa estão 9,5% mais caros em 2024. Dessa forma, refletindo uma tendência de aumento que já vinha ocorrendo nos últimos anos.
No acumulado dos últimos três anos, os preços dos ovos de chocolate subiram 43%, com o maior salto registrado em 2023, quando houve um reajuste de 18,6%. Este ano, o aumento não se restringe apenas aos ovos: o chocolate em geral teve alta de 27% em relação à Páscoa passada, enquanto os bombons encareceram 13,5%.
Falta de cacau e alta nos custos pressionam preços
O principal fator por trás do aumento dos preços do chocolate é a escassez global de cacau. De acordo com Guilherme Moreira, coordenador do IPC-Fipe:
“O aumento dos custos de produção do chocolate é o principal motivo da elevação dos preços nos últimos anos. Questões climáticas causaram queda na oferta mundial do cacau, disparando o preço desse importante insumo”.
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Os dois maiores produtores mundiais de cacau, Costa do Marfim e Gana, enfrentaram problemas climáticos severos, como os fenômenos La Niña e El Niño, que comprometeram o ciclo de chuvas e reduziram a produção.
Como resultado, o preço da commodity atingiu um recorde histórico de US$ 12.931 por tonelada métrica na Bolsa de Nova York no início deste ano, elevando os custos para toda a cadeia produtiva do chocolate.
Peixes também encarecem na cesta de Páscoa
O impacto da inflação da Páscoa não se limita aos chocolates. Outros itens tradicionais da data, como os peixes, também registraram aumentos consideráveis. O bacalhau teve reajuste de 3,91%, enquanto a merluza subiu 6,81%.
Diante desse cenário, muitos consumidores devem buscar alternativas mais acessíveis, como a substituição dos ovos de Páscoa por barras de chocolate ou a escolha de peixes mais baratos para o tradicional almoço da Sexta-feira Santa.
Ainda assim, a tendência de alta nos preços reforça a pressão sobre o orçamento das famílias e exige maior planejamento na hora das compras.
