De acordo com a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo metade das operadoras de turismo venderam viagens para novembro e dezembro.
Após ter sido absurdamente impactado pelas restrições sociais da pandemia do novo coronavírus, a Associação avalia que o setor se reergue lentamente. No mês de abril, por exemplo, 54% das operadoras não realizaram sequer uma venda, enquanto em agosto esse percentual diminuiu para 21%.
Entretanto, de acordo com balanço da Associação, o faturamento das empresas de turismo ainda segue abaixo do ano passado. Para 40% dessas empresas, agosto significou uma queda de 90% de seu faturamento em relação ao mesmo mês de 2019. Todavia, 87,5% das operadoras consideram que o mês de agosto foi melhor ou igual ao mês de julho.
Por fim, a expectativa é que o segundo semestre de 2020 seja ainda pior do que o primeiro, chegando a faturar metade do faturado no mesmo período do ano passado.
A queda das aéreas
Após um anúncio televisivo no Reino Unido, informando 4 mil novos casos de coronavírus na manhã de ontem, bolsas internacionais caíram forte. Ações de companhia aéreas aqui no Brasil também lideraram em perdas.
Isso porque o medo de uma segunda onda do vírus na Europa se intensificou. As ações da Gol (GOLL4), Azul (AZUL4) e CVC (CVCB3) caíram 8,46%, 7,8% e 4,4%, respectivamente.
De acordo com a agência Reuters, o primeiro ministro Boris Johnson já considera um possível segundo lockdown. Isso faz com que os mercados de bolsa de valores fiquem apreensivos, e além disso, prejudica ainda mais empresas aéreas e de turismo, visto que a Europa é rota de turismo para o mundo inteiro.
A Gol e a Azul esperavam que em meados de agosto tivessem retomado 80% e 60% de suas operações. Entretanto, temos que perceber que esse seria um cenário otimista demais. Os casos de coronavírus no Brasil crescem absurdamente, e no exterior tais números voltaram a se elevar. No Reino Unido, que foi citado nesta notícia, o número de casos dobra a cada 7 dias.