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Solicitações de empréstimos para estudos cresceram mais de 130% em fevereiro deste ano

Segundo o Índice FinanZero de Empréstimo, os pedidos de crédito para o setor educacional tiveram a maior alta dos últimos dois anos. Saiba mais.

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Aos poucos, os brasileiros têm voltado ao normal pré-pandêmico e tentando, de todas as formas, recuperar o tempo perdido, principalmente quando se diz respeito à educação.

Faculdade, pós-graduação, MBA ou ensino fundamental, o investimento nos estudos está ligado a todas as fases da vida e, quando se é adulto, há diversas alternativas para continuar exercitando o conhecimento.

Enquanto o desejo de voltar a estudar está presente, há também a preocupação em como bancar os estudos, como quitar investimentos estudantis, como o FIES (Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) ou, até mesmo, os materiais necessários para tal.

Dado este fato, o Índice FinanZero de Empréstimo (IFE) do mês de fevereiro, analisou 6,62 milhões de usuários na base da fintech, revelou que as solicitações de empréstimo para educação tiveram aumento significativo em relação aos últimos dois anos.

Em fevereiro de 2022, a procura por crédito voltado para o setor apresentou crescimento de 138%, subindo de 100 para 238 pontos (base fevereiro/22=100) na comparação com o mesmo mês do ano passado. Já em relação a 2020, o crescimento foi de 15%.

Ao se tratar do segundo mês do ano, esse aumento também está diretamente associado ao período de matrículas e rematrículas em instituições de ensino e também ao retorno às aulas presenciais na maioria dos estados brasileiros, o que acaba influenciando nessas solicitações.

Só em 2021, o setor educacional teve aumento de 11,2% do faturamento anual, de acordo com dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

Outro fator para este crescimento também está relacionado ao desejo de investir na educação, visto que cada vez mais empresas e organizações possuem como pré-requisito ensino superior ou cursos profissionalizantes.

Assim, o brasileiro se vê na necessidade de incrementar o currículo e se especializar na área que deseja. Dessa forma, recorrem a empréstimos para que isso seja possível o quanto antes.

Solicitações de empréstimos em geral também apresentam aumento Além do segmento de educação, dados da FinanZero mostraram que as solicitações de empréstimos, incluindo todos os setores, tiveram aumento de 97% quando comparado ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento ainda pode ser relacionado aos avanços da vacinação no país e o retorno a atividades pré-pandêmicas, como lazer, investimento, turismo, empreendedorismo, entre outros.

O setor de serviços, por exemplo, chegou a faturar R$ 86 bilhões na capital paulista em 2021, um crescimento de 17,5% em relação ao faturamento do ano anterior, também segundo os dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS).

Por mais que os setores gerais ainda não tenham voltado a patamares pré-pandêmicos, o aumento revela a estruturação que a economia brasileira vem tomando.

No que diz respeito a aumento de empréstimos gerais, pode-se relacionar ao aumento da inflação em território nacional, o que impacta diretamente em gastos feitos pelos brasileiros, como despesas fixas, IPTU, IPVA, compras mensais, aluguéis, condomínios, material escolar etc, resultando em mais pedidos de empréstimo para uso pessoal.

Outros motivos que contribuem para esse aumento nos pedidos é a alta da Selic, chegando a 11,75% ao ano, maior número desde fevereiro de 2017 e o endividamento das famílias brasileiras.

De acordo com a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional de Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o endividamento médio dos brasileiros chegou a 70,9% em 2021. Assim, para pagar contas e sair do saldo negativo, os cidadãos encontram no empréstimo uma possibilidade.