Tecnologia

Starlink libera função no celular e surpreende primeiro país da América Latina

Chile sai na frente e estreia o serviço Direct to Cell, mas ainda com limitações importantes.

Crédito: Depositphotos.
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  • Starlink prepara expansão e futuras funções como chamadas e vídeos.
  • Chile estreia o Starlink Direct to Cell na América Latina.
  • Serviço inicia apenas com troca de mensagens de texto.

A Starlink, empresa de satélites de Elon Musk, acaba de ativar o Direct to Cell no Chile, marcando o início do serviço de conexão direta entre satélites e celulares na América Latina. A novidade foi anunciada pelo próprio bilionário em uma publicação no X no fim de novembro.

Apesar do avanço, nem todos os recursos estão operacionais nesta fase inicial, o que mantém o serviço em ritmo controlado até as próximas atualizações.

Chile estreia tecnologia inédita

O anúncio de Musk destaca que o Chile é o primeiro país da região a receber a tecnologia. O Direct to Cell conecta smartphones diretamente à rede de satélites da Starlink, eliminando a necessidade de torres terrestres.

Essa iniciativa reforça a estratégia global da empresa para ampliar cobertura em áreas remotas. O lançamento mostra o foco da Starlink em avançar rapidamente na América Latina.

Ainda assim, o serviço começa limitado. A companhia opta por liberar a estrutura gradualmente, garantindo estabilidade. O movimento também permite ajustar a tecnologia conforme o uso em campo. Essa abordagem reduz riscos e prepara o terreno para expansões futuras.

O anúncio coloca pressão em concorrentes e abre espaço para uma nova fase de conectividade regional. A adoção inicial deve acelerar discussões sobre regulamentação e oferta comercial.

Serviço começa com funções mínimas

Na prática, o Direct to Cell ainda opera com troca de mensagens de texto, única função liberada nesta primeira etapa. Recursos como chamadas de voz, envio de vídeos ou acesso pleno à internet serão implementados posteriormente.

A empresa projeta ampliar as funções ao longo dos próximos meses. Essa evolução permitirá transformar celulares comuns em dispositivos conectados por satélite.

Enquanto isso, usuários que utilizam antenas Starlink tradicionais continuam com internet banda larga estável, capaz de transmitir vídeos, chamadas e navegação completa. A diferença entre os dois serviços marca o estágio atual da expansão. O modelo via antena segue maduro, enquanto o Direct to Cell passa pela fase piloto.

Essa limitação inicial não reduz o peso do lançamento, já que o envio de mensagens via satélite pode ser decisivo em emergências e regiões sem cobertura. A Starlink aposta nesse uso imediato como porta de entrada para novos mercados.

Com o Chile na dianteira, a expectativa é que mais países latino-americanos sejam incluídos na lista em breve. A expansão depende de acordos regulatórios e testes operacionais.

A empresa acelera negociações para ampliar a capilaridade do serviço. Esse avanço segue a estratégia global de cobertura total até 2025.

A movimentação também reforça o protagonismo da Starlink em tecnologias móveis. A integração entre satélites e celulares promete alterar a estrutura do setor. Operadoras da região observam o movimento com atenção, já que a chegada do Direct to Cell pressiona modelos tradicionais.

Por fim, a evolução do serviço tende a trazer competição mais intensa e novos padrões de conectividade. O Chile serve como laboratório para o restante do continente.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.