- A Suzano aumentou sua projeção de investimentos para 2024 de R$ 16,5 bilhões para R$ 17,1 bilhões, com foco em “Terras e Florestas”
- O aumento do CAPEX visa melhorar a competitividade e possibilitar o crescimento sustentável de longo prazo
- A depreciação do real em relação ao dólar influenciou o valor de aquisição de ativos florestais, ajustando a previsão de investimentos
- Para 2025, a Suzano espera investimentos menores, com uma estimativa de R$ 12,4 bilhões, refletindo o término de projetos chave
A Suzano (SUZB3), uma das líderes no mercado de papel e celulose, revisou sua estimativa de investimentos para o exercício social de 2024. Inicialmente prevista em R$ 16,5 bilhões, a projeção foi elevada para R$ 17,1 bilhões.
A principal razão para o aumento está no maior aporte de recursos para a área de “Terras e Florestas”. Contudo, que abrange projetos voltados para o fortalecimento da competitividade da companhia e para a criação de oportunidades de crescimento sustentável a longo prazo.
Em uma reunião realizada na terça-feira (10), o Conselho de Administração da Suzano aprovou a nova estimativa de CAPEX (Capital Expenditure, ou Investimentos em Capital). Assim, reafirmando a estratégia de consolidar a liderança no setor e ampliar a capacidade de produção de forma sustentável.
A empresa também estabeleceu a previsão de investimentos para 2025, com um total de R$ 12,4 bilhões. Um valor consideravelmente mais baixo, que reflete a conclusão de alguns dos projetos mais estratégicos previstos para os próximos anos.
Investimentos em terras e florestas
A maior parte da elevação do CAPEX para 2024 está direcionada à área de “Terras e Florestas”. Segundo a companhia, os investimentos têm como objetivo garantir maior competitividade no mercado global e possibilitar o crescimento futuro da empresa.
A Suzano destaca que, além da necessidade de assegurar a sustentabilidade dos seus ativos florestais, a empresa busca ampliar sua capacidade de adaptação às mudanças do mercado, permitindo uma maior opcionalidade para novos projetos e oportunidades.
A empresa está focada em aprimorar suas operações e explorar novas frentes para garantir o fornecimento constante de madeira e celulose, que são a base de sua operação.
No longo prazo, esse investimento em infraestrutura florestal contribuirá para a melhoria da eficiência operacional, a preservação ambiental e a geração de novos negócios no setor.
Efeito da depreciação do real e desafios cambiais
A nova projeção de investimentos também reflete o impacto da depreciação do real em relação ao dólar, especialmente no que diz respeito à aquisição de ativos florestais.
A Suzano, no entanto, destacou que o efeito cambial alterou os valores dos ativos florestais. Com o preço dos mesmos em dólar, o que, consequentemente, afetou a estimativa de CAPEX para o próximo ano.
A empresa já havia alertado sobre esse fator em um Fato Relevante divulgado no final de dezembro de 2023. E, a revisão no CAPEX leva em consideração a variação cambial e seu impacto nos custos de aquisição de terrenos e ativos florestais.
Esse ajuste é uma tentativa da Suzano de lidar com as flutuações cambiais e adaptar-se ao cenário global. O que mostra a flexibilidade da companhia frente às oscilações de mercado.
No entanto, também evidencia a complexidade do ambiente macroeconômico em que a empresa está inserida. Contudo, o que exige uma gestão eficiente e estratégica para continuar no topo do mercado de papel e celulose.
Perspectivas para 2025 e além
A Suzano também já delineou sua projeção de CAPEX para o ano de 2025, fixando-a em R$ 12,4 bilhões, o que representa uma redução em relação ao ano anterior.
Essa diminuição está alinhada com a expectativa de que o maior volume de investimentos estratégicos será direcionado para 2024. Contudo, com uma redução natural nas necessidades de aportes nos anos seguintes, à medida que os projetos em andamento atinjam sua maturação e as operações se estabilizem.
Com um portfólio robusto e um foco crescente em sustentabilidade e crescimento, a Suzano parece se posicionar para enfrentar os desafios do setor. E, assim, com flexibilidade, mesmo que o cenário econômico global continue a se mostrar volátil.
As suas ações, como o aumento no investimento em Terras e Florestas, indicam um compromisso de longo prazo. E, ainda, com a excelência operacional e com a adaptação às mudanças do mercado.
Conclusão
A revisão da estimativa de CAPEX pela Suzano reflete não apenas a necessidade de manter sua posição no mercado global de papel e celulose, mas também a capacidade da companhia de se adaptar a fatores externos, como a variação cambial. A ênfase nos investimentos em “Terras e Florestas” destaca o compromisso da empresa com a sustentabilidade e a ampliação das suas operações.
Ao mesmo tempo, a redução da estimativa de CAPEX para 2025 sugere que a Suzano está mirando em uma operação mais eficiente. E, portanto, com menor necessidade de investimentos pesados no futuro imediato.