
A Taurus Armas (TASA3;TASA4) recebeu, na manhã do dia 26 de agosto de 2025, o governador da Geórgia (EUA), Brian Kemp, em sua sede em São Paulo. A visita ocorreu em meio às discussões sobre o impacto do recente aumento tarifário nas operações da fabricante brasileira de armamentos nos Estados Unidos.
O governador norte-americano foi acompanhado de uma comitiva oficial e se reuniu com o presidente do Conselho de Administração da Taurus, Bernardo Birmann, o CEO Global, Salesio Nuhs, além dos diretores estatutários Sergio Sgrillo, Leonardo Sesti e Eduardo Minghelli.
Durante o encontro, a empresa reiterou sua estratégia de manter operações sólidas no Brasil, com foco em produção em larga escala, desenvolvimento de produtos, processos, materiais e equipamentos que dão suporte às unidades internacionais. A Taurus já opera na Geórgia desde 2019 e na Índia, no estado de Haryana, desde 2022.
Kemp destacou que pretende levar as preocupações da companhia à Casa Branca, articulando junto a parceiros em Washington alternativas para mitigar os efeitos das tarifas sobre os negócios da fabricante. A Taurus, por sua vez, reforçou sua intenção de seguir investindo na Geórgia assim que a atual disputa comercial entre Brasil e EUA for resolvida.
À noite, o governador participou de uma recepção empresarial na Residência Oficial dos EUA em São Paulo, evento que celebrou os 30 anos de parceria comercial entre o Brasil e a Geórgia. Estiveram presentes o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, executivos da Taurus, representantes da Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) e lideranças do setor.
A agenda reforça a importância da relação Brasil–EUA para a indústria de defesa e armamentos, em um momento de atenção redobrada sobre as políticas comerciais que afetam diretamente o setor.
Taurus volta a registrar lucro e espera alta demanda nos próximos meses
A Taurus registrou lucro líquido de R$ 33,2 milhões no segundo trimestre de 2025, revertendo o prejuízo de R$ 9,0 milhões apurado no mesmo período do ano anterior.
O resultado foi impulsionado pela retomada da produção e das vendas, pelo avanço da margem bruta e pelo controle de despesas. A companhia também destacou a reversão do resultado financeiro, que ficou positivo em meio à menor pressão cambial.
Em entrevista ao canal MSX, o CEO da companhia afirma que os próximos meses podem trazer maior consumo interno dos CACs (Caçadores, Atiradores e Colecionadores), que agora são administrados pela Polícia Federal.
“Acredito que os processos serão mais rápidos e que os próximos trimestres serão muito bons”, diz Nuhs, sobre a nova gestão do setor, agora nas mão da PF via SINARM CAC, o sistema corporativo da instituição para cuidar do setor.
A expectativa é que a produtividade do órgão será maior. No Exército, os processos de compra de armas, autorização para novos CRs (Certificados de Registro) de CAC e demais solicitações costumavam atrasar por meses.