
- Custo do visto seguiria próximo de R$ 1 mil, em vez de saltar para R$ 2,5 mil com a cobrança extra.
- Setor de turismo respira aliviado, já que hotéis, companhias aéreas e restaurantes temiam queda expressiva na demanda.
- Incerteza permanece, pois a medida é temporária e dependerá de novas negociações no Congresso americano.
A suspensão da taxa extra de US$ 250 para emissão de vistos americanos trouxe alívio imediato a turistas e estudantes. A cobrança, aprovada pelo governo Trump, entraria em vigor em 1º de outubro e elevaria o custo total do visto para quase R$ 2.500.
Por ora, o preço do visto permanece em US$ 185 (cerca de R$ 979), além da taxa de US$ 24 pelo formulário I-95. Especialistas alertam que não se deve considerar a medida definitiva, porque o Congresso ainda precisa concluir as negociações.
Impactos diretos para brasileiros
Com a suspensão, brasileiros evitam um aumento de mais de 100% no valor do visto. A cobrança encareceria significativamente as viagens de lazer, estudo ou trabalho.
O congelamento também protege o fluxo turístico em direção aos EUA, que continuam como um dos destinos favoritos dos brasileiros. Além disso, o setor de intercâmbio comemora, já que o custo extra poderia afastar milhares de estudantes interessados em programas acadêmicos.
Apesar desse alívio, ainda há um clima de cautela. O Congresso americano pode retomar a cobrança a qualquer momento, o que gera insegurança em famílias que planejam viagens de médio prazo.
Reflexos no turismo americano
Nos Estados Unidos, a suspensão foi celebrada como uma “vitória parcial” pela U.S. Travel Association. O setor temia que a taxa colocasse o país em desvantagem frente a outros destinos internacionais.
Hotéis, restaurantes e empresas de transporte destacam que a medida mantém a atratividade do mercado americano. Como o país será sede da Copa do Mundo de 2026, a decisão evita perdas bilionárias no turismo.
Mesmo assim, empresários pedem estabilidade regulatória. A indefinição sobre a taxa dificulta investimentos e pode afetar o planejamento de longo prazo das companhias ligadas ao setor de viagens.
Burocracia continua sendo obstáculo
Embora a taxa extra tenha sido suspensa, os atrasos na emissão de vistos seguem preocupando. Os longos prazos para entrevistas continuam afetando turistas e estudantes que precisam viajar em datas específicas.
Para enfrentar o problema, o governo americano liberou US$ 517 milhões destinados a acelerar o processamento de vistos e passaportes. O plano prevê turnos adicionais de trabalho e novas tecnologias para agilizar os atendimentos.
Ainda assim, especialistas lembram que a lei sancionada em julho prevê a possibilidade de reembolso da taxa extra apenas em casos restritos. O ressarcimento ocorreria somente ao final da validade do visto, o que, para turistas, pode significar uma espera de até dez anos.