Educação conectada

TIM fecha parceria com Starlink e leva internet via satélite a 1,8 mil escolas no Brasil

Projeto atende regiões remotas com conexão da Starlink e já alcança 1,3 mil instituições; meta é chegar a quatro estados.

Crédito: Depositphotos.
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  • TIM conecta 1,8 mil escolas rurais com internet via satélite da Starlink
  • Parceria atende compromissos do leilão 4G com a Anatel
  • Ação cobre Espírito Santo, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina

A TIM anunciou nesta segunda-feira (21) um novo avanço em sua estratégia de inclusão digital: a empresa firmou uma parceria com a Starlink, braço de satélites da SpaceX, para conectar escolas de áreas remotas à internet de alta velocidade. O projeto já beneficia 1,3 mil instituições de ensino e deve alcançar 1,8 mil unidades até a fase final.

Sendo assim, a iniciativa contempla colégios rurais em Espírito Santo, Paraná, Santa Catarina e Rio de Janeiro, que antes enfrentavam sérias dificuldades de acesso à internet. Portanto, com a nova conexão via satélite, estudantes e professores ganham acesso à rede em regiões onde a infraestrutura tradicional de telecomunicações não chega com qualidade.

Conexão via satélite para acelerar a inclusão digital

A parceria com a Starlink utiliza satélites de baixa órbita, tecnologia que permite oferecer internet de alta velocidade mesmo em locais afastados dos grandes centros. Esse modelo se mostrou ideal para escolas rurais e comunidades isoladas, onde a fibra óptica e a rede móvel tradicional ainda não têm presença robusta.

Além disso, a TIM destacou que essa iniciativa faz parte dos compromissos assumidos com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) no leilão de 4G realizado em 2012. Ao longo dos anos, a empresa cumpre essas obrigações instalando antenas, ampliando a cobertura e adotando soluções inovadoras, como o uso de satélites.

Segundo a operadora, conectar escolas nessas regiões não apenas cumpre um papel regulatório, mas também representa um investimento social com potencial de transformar realidades. A Starlink, que já é a maior operadora de internet via satélite do Brasil, se tornou a parceira ideal para acelerar esse processo.

Portanto, embora os detalhes técnicos da parceria ainda não tenham sido divulgados, a promessa é de acesso estável e rápido em locais onde, até então, a conectividade era inexistente ou extremamente limitada.

Educação e conectividade andam juntas

A chegada da internet a escolas rurais pode significar um divisor de águas para milhares de alunos. O acesso à rede facilita o uso de ferramentas pedagógicas, plataformas de aprendizagem e conteúdos digitais, já comuns no cotidiano escolar dos centros urbanos.

Além disso, a conectividade contribui diretamente para a capacitação de professores, atualização de currículos e aproximação dos alunos com o universo digital. Isso é ainda mais relevante em um país com tanta desigualdade de acesso à educação conectada e à tecnologia.

A Starlink já atua em outros projetos de educação conectada no Brasil e possui infraestrutura em expansão. Sua tecnologia, que dispensa infraestrutura terrestre tradicional, acelera projetos em ritmo difícil de alcançar com redes convencionais.

No caso da TIM, a parceria reforça seu posicionamento como operadora voltada à inclusão digital. Desse modo, a empresa amplia seu escopo de atuação além da telefonia e busca oferecer soluções sociais e educacionais que impactam diretamente o desenvolvimento local.

Próximos passos e expansão possível

Embora o projeto atual contemple quatro estados, a expectativa é de que a iniciativa possa ser ampliada para outras regiões com carência de infraestrutura. Com o avanço da cobertura da Starlink e o custo decrescente da tecnologia, esse tipo de conexão pode se tornar viável em áreas da Amazônia Legal, Sertão nordestino e interior do Norte e Centro-Oeste.

Especialistas apontam que parcerias como essa representam o futuro da conectividade no Brasil rural. Operadoras nacionais levam capilaridade. Empresas globais, como a SpaceX, trazem inovação. Juntas, elas aceleram o acesso à educação digital e reduzem o abismo tecnológico entre zonas urbanas e remotas.

Além da expansão geográfica, há também a possibilidade de que a tecnologia seja levada a postos de saúde, centros comunitários e até propriedades agrícolas, criando um ecossistema de conectividade no campo.

Por fim, a TIM e a Starlink ainda não divulgaram prazos para uma eventual nova fase do projeto, mas fontes próximas afirmam que os resultados positivos podem impulsionar uma expansão nacional em 2025.

Luiz Fernando

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.

Licenciado em Letras e Graduando em Jornalismo pela UFOP; Atua como redator realizando a cobertura sobre política, economia, empresas e investimentos.