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Top 6 brasileiros com mais bitcoin em caixa na atualidade

De gênios da tecnologia a golpistas procurados pela Interpol, o Brasil tem sua cota de personagens que acumularam fortunas em Bitcoin.

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Top 6 brasileiros com mais bitcoin em caixa na atualidade

O Bitcoin, a criptomoeda mais famosa do mundo, já transformou a vida de muitos brasileiros. Alguns enriqueceram, outros foram à falência. Em um país onde a criptoeconomia cresceu de forma explosiva, alguns personagens se destacaram por acumular verdadeiras fortunas em BTC. Mas nem todos os caminhos para o sucesso foram honestos…

Esta reportagem, baseada em dados públicos, relatos de mercado e pesquisas históricas, apresenta os seis brasileiros que, em algum momento, foram considerados os maiores detentores de Bitcoin no país. Prepare-se para conhecer histórias de visão, influência e, infelizmente, pirâmides financeiras.

1. Rodrigo Marques (Atlas Quantum): o mestre da pirâmide (15.000 Bitcoins ou R$7,5 bilhões)

Rodrigo Marques é o rosto por trás da Atlas Quantum, uma das maiores pirâmides financeiras com Bitcoin do Brasil, disfarçada de plataforma de investimentos. A empresa, fundada em 2017, chegou a gerenciar 15.000 BTC de mais de 200 mil investidores, prometendo rendimentos astronômicos de 0,10% ao dia através de suposta arbitragem automatizada.

Em 2019, a pirâmide desmoronou. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) proibiu a Atlas de operar, e a empresa suspendeu os saques, causando prejuízos a milhares de investidores. Marques fugiu e chegou a ser convocado para a CPI das pirâmides financeiras.

Atualmente, ele vive uma vida de luxo nos Estados Unidos, em uma mansão na Califórnia, após passar anos em Barcelona, onde dirigia uma McLaren.

2. Gladson Dantas (Faraó dos Bitcoins) e família: fé, marketing e golpe (entre 5.000 e 10.000 Bitcoins ou entre R$2,4 bilhões e R$4,9 bilhões)

Gladson Acácio dos Santos, o “Faraó dos Bitcoins”, misturava fé, marketing e promessas de lucros de até 10% ao mês com a GAS Consultoria. O esquema, que começou com fiéis e pequenos investidores, movimentou mais de R$ 38 bilhões.

Gladson foi preso em 2021, acusado de montar uma pirâmide financeira. Sua esposa, a venezuelana Mirelis Diaz Zerpa, foi presa nos Estados Unidos em 2025 por permanência ilegal.

Investigadores relatam que Gladson detinha milhares de bitcoins em carteiras físicas e repassados a terceiros. Em uma apreensão, a Polícia Federal encontrou mais de 591 BTC com a GAS.

Mesmo preso, Gladson nega irregularidades, e ainda há quem o defenda como um visionário.

3. Rodrigo Souza (BlinkTrade): o gênio discreto (mais de 3.000 Bitcoins ou mais de R$1,4 bilhões)

Rodrigo Souza é um dos brasileiros mais importantes (e discretos) da história do Bitcoin. Engenheiro de software, ele começou a trabalhar com criptomoedas antes da maioria dos investidores.

Em 2013, fundou a BlinkTrade, plataforma de código aberto que se tornou referência na construção de exchanges, dando origem a corretoras como Foxbit (Brasil), SurBitcoin (Venezuela) e ChileBit (Chile).

Rodrigo Souza vive hoje nos Estados Unidos, mantendo um perfil reservado e focado em tecnologias de finanças descentralizadas (DeFi) e privacidade digital.

4. Rocelo Lopes (Stratum): o minerador controverso (mais de 1.000 Bitcoins ou mais de R$500 milhões)

Rocelo Lopes é um nome controverso, mas importante entre os acumuladores de Bitcoin no Brasil. Ele identificou o potencial da mineração de Bitcoin no início da década de 2010, fundando a Stratum, que chegou a ser uma das maiores operações de mineração da América Latina.

Rocelo também ficou conhecido por usar Bitcoin para comprar imóveis, financiar projetos e pagar salários.

5. Daniel Fraga: o pioneiro desaparecido (entre 600 e 1.000 Bitcoin ou entre R$299 milhões e R$500 milhões)

Daniel Fraga é um pioneiro do Bitcoin no Brasil, conhecido por sua defesa das criptomoedas e críticas ao governo. Ele começou a investir em Bitcoin quando a moeda valia cerca de US$ 13.

Envolvido em disputas judiciais, Fraga supostamente converteu todo o seu patrimônio em Bitcoin para evitar confisco. Desde 2017, ele mantém um perfil discreto, e seu paradeiro é desconhecido.

6. Renato Amoedo (“Trezoitão”): o educador cripto (200 Bitcoins ou R$99 milhões)

Renato Amoedo, o “Trezoitão”, é um entusiasta e educador no mundo das criptomoedas. Coautor do livro “Bitcoin Red Pill”, ele dissemina conhecimento sobre Bitcoin e finanças descentralizadas.

“Trezoitão” é presença constante em eventos cripto, defendendo o Bitcoin como instrumento de soberania e proteção patrimonial. Especialistas estimam que seu patrimônio gire em torno de 200 Bitcoins.

Fernando Américo
Fernando Américo
Sou amante de tecnologias e entusiasta de criptomoedas. Trabalhei com mineração de Bitcoin e algumas outras altcoins no Paraguai. Atualmente atuo como Desenvol